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Jornalismo

Fiocruz defende manter intervalo de 12 semanas entre doses de vacina

A Sociedade Brasileira de Imunizações também se posicionou a favor do regime adotado pelo PNI

Imagem da noticia Fiocruz defende manter intervalo de 12 semanas entre doses de vacina
Doses da vacina Oxford/AstraZeneca aparecem lado a lado sobre caixa de isopor (Gustavo Mansur/Palácio Piratini)
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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) defendeu nesta 3ª feira (13.jul) a manutenção do intervalo de 12 semanas entre a aplicação da primeira e da segunda dose da vacina Oxford/AstraZeneca. Em comunicado emitido à noite, o instituto de pesquisa explica que a decisão é respaldada em dados segundo os quais uma unidade da substância já gera proteção significativa, que se torna ainda mais robusta com um intervalor maior para a segunda unidade.

Ainda de acordo com a Fundação, o regime de 12 semanas possibilita acelerar a campanha de vacinação contra a covid e qualquer mudança que se opte por fazer nele precisa considerar os estudos de efetividade e a disponibilidade das doses. A Fiocruz reforça que, até o momento, a vacina Oxford/AstraZeneca é efetiva na proteção contra as variantes do Sars-CoV-2 em circulação no Brasil, incluindo a Delta - identificada originalmente na Índia.

O comunicado do instituto veio no mesmo dia em que o governo do Rio de Janeiro decidiu antecipar a segunda dose do imunizante produzido pela Fiocruz, de 12 para oito semanas, visando a conter o avanço da cepa indiana. O Distrito Federal e os estados Rio de Janeiro, Acre, Tocantins, Piauí, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Santa Catarina, Roraima, Rio Grande do Sul e Ceará já tomaram a mesma decisão. O Ministério da Saúde ainda não se posicionou sobre o assunto.

Porém, também nesta 3ª feira, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lançaram uma nota técnica conjunta a favor de manter o intervalo de 12 semanas para o imunizante fabricado na Fiocruz e o da Pfizer, o que, segundo o documento, "não é uma iniciativa isolada do Ministério da Saúde do Brasil, mas sim uma estratégia adotada por diversos países em situações em que havia necessidade de acelerar o processo de vacinação e uma oferta limitada de vacinas".

"A decisão baseia-se no racional de que, em um cenário de estoque limitado de doses (como é o caso do Brasil), ao estender o intervalo, é possível acelerar a vacinação e assim, alcançar mais rapidamente uma proporção maior da população com pelo menos uma dose, antecipando desta forma a proteção de um maior número de pessoas", completa. 

A SBIm e a SBP ponderam que "em breve, assim que conseguirmos contemplar a população de adultos a ser vacinada com pelo menos uma dose, o intervalo poderá ser reduzido, dentro de um cenário epidemiológico de menor transmissão comunitária".

Veja a nota técnica das sociedades na íntegra:

Nota Técnica by Guilherme Delinardi Resck on Scribd

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