Diferença regional foi determinante nas mortes por Covid-19 no Brasil
Maior índice de mortalidade entre hospitalizados aconteceu na região Norte, enquanto Sul e Sudeste apresentaram menores taxas, revelou estudo
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Um estudo publicado na revista científica The Lancet Respiratory Medicine sobre milhares de casos Covid-19 no Brasil mostrou que as diferenças regionais foram determinantes para o índice de mortalidade da doença no país. A pandemia afetou de forma desigual as populações mais vulneráveis e os sistemas de saúde mais frágeis, principalmente no Norte e no Nordeste.
Pesquisadores brasileiros e estrangeiros analisaram os primeiros 254 mil pacientes de Covid que precisaram de respiradores ou atendimento em UTI.
Entre os hospitalizados na região Norte, metade morreu. No Nordeste, o índice foi de 48%. No Centro-Oeste, a cada 100 internados, 35 morreram. No Sudeste foram 34. No Sul, o índice de mortalidade foi de 31%.
"A gente sabe que, entre São Paulo e Tocantins, está muito distante a parte de equipamentos, estrutura, profissionais", contou Erika Brito. Seu marido, Nelio, de 60 anos, foi intubado em Palmas e não resistiu.
"Nas regiões Sudeste ou Sul a mortalidade não foi baixa, no entanto, nas regiões onde o sistema de saúde é mais frágil ou a explosão da Covid foi muito rápida, o sistema respondeu de forma insuficiente, deu sinais de colapso", contou o médico Fernando Bozza, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um dos colaboradores da pesquisa.
Um dos indicadores sociais do levantamento revelou que a mortalidade é maior quando a escolaridade do paciente é menor. A cada 100 analfabetos internados, 63 morreram; entre os que tinham ensino médio, foram 30. Já entre as pessoas com ensino superior, a taxa de letalidade da doença foi de 23%.
Pesquisadores brasileiros e estrangeiros analisaram os primeiros 254 mil pacientes de Covid que precisaram de respiradores ou atendimento em UTI.
Entre os hospitalizados na região Norte, metade morreu. No Nordeste, o índice foi de 48%. No Centro-Oeste, a cada 100 internados, 35 morreram. No Sudeste foram 34. No Sul, o índice de mortalidade foi de 31%.
"A gente sabe que, entre São Paulo e Tocantins, está muito distante a parte de equipamentos, estrutura, profissionais", contou Erika Brito. Seu marido, Nelio, de 60 anos, foi intubado em Palmas e não resistiu.
"Nas regiões Sudeste ou Sul a mortalidade não foi baixa, no entanto, nas regiões onde o sistema de saúde é mais frágil ou a explosão da Covid foi muito rápida, o sistema respondeu de forma insuficiente, deu sinais de colapso", contou o médico Fernando Bozza, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um dos colaboradores da pesquisa.
Um dos indicadores sociais do levantamento revelou que a mortalidade é maior quando a escolaridade do paciente é menor. A cada 100 analfabetos internados, 63 morreram; entre os que tinham ensino médio, foram 30. Já entre as pessoas com ensino superior, a taxa de letalidade da doença foi de 23%.
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