SP suspende cirurgias eletivas e impede cancelamentos de leitos de Covid-19
Aumento no número de internações acendeu alerta, mas governo considera números "dentro da normalidade"
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Com o temor pelo aumento no número de internações por coronavírus nas redes privada e pública, o governo de São Paulo se pronunciou sobre a alta e quais medidas vai adotar para enfrentar o atual quadro.
Jean Gorinchteyn, Secretário Estadual de Saúde paulista, afirmou nesta quinta-feira (19) que foi assinado um decreto que determina a não desmobilização de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e enfermaria destinados à Covid-19 em nenhum hospital público, privado ou filantrópico.
O agendamento de cirurgias eletivas - ou seja, aquelas que podem ser prorrogadas por determinado tempo sem causar malefícios ao paciente - também foram canceladas para garantir leitos suficientes. De acordo com o governo de João Doria (PSDB), são 7 mil leitos disponíveis em toda a rede.
Ainda que o governo paulista tenha tomado medidas baseadas nos atuais números, existe a dúvida sobre o motivo da alta nas últimas duas semanas, de 27,2% na média diária de internações e de 29,5% dos casos nestes primeiros dias de novembro quando comparados ao mesmo período de outubro.
"Nós não conseguimos entender se eram os dados que estavam represados [pelo Ministério da Saúde] e por isso aumentaram, ou se realmente aumentaram, e o quanto aumentaram, já que esses dados estão sendo inseridos de forma paulatina e gradual", disse Gorinchteyn.
Entre os motivos falados, estão o feriado de Finados em 2 de novembro, o relaxamento das classes mais abastadas em não cumprir o isolamento social e não usar máscara e a intensificação da campanha eleitoral.
O estado de São Paulo tem 43,5% dos leitos de UTI ocupados, e a região da Grande São Paulo, 49,7. Os números são próximos aos observados no início de setembro. O governo considera a alta dentro da normalidade.
Já o número de óbitos por 100 mil habitantes está em 3,1, e o limite entre as fases é de 5. Por isso, o governo considera "adequada" não alterar as fases e retornar com a análise dessas mudanças de 14 em 14 dias, como era no período mais agudo da pandemia. Hoje essas mudanças são feitas com o dobro do tempo. O próximo anúncio será em 30 de novembro, um dia depois do resultado das eleições.
O estado de São Paulo contabiliza 1.191.290 casos confirmados, sendo 41.074 óbitos. Destes, 89% são mortes de pessoas acima dos 50 anos. "Os óbitos tiveram uma discreta elevação. Mas, de toda sorte, eles ainda estão estabilizados", disse Gorinchteyn, completando que a alta poderia ser maior quando comparada com o número de internações. "Novamente precisamos de mais alguns dias para uma melhor análise", disse.
Jean Gorinchteyn, Secretário Estadual de Saúde paulista, afirmou nesta quinta-feira (19) que foi assinado um decreto que determina a não desmobilização de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e enfermaria destinados à Covid-19 em nenhum hospital público, privado ou filantrópico.
O agendamento de cirurgias eletivas - ou seja, aquelas que podem ser prorrogadas por determinado tempo sem causar malefícios ao paciente - também foram canceladas para garantir leitos suficientes. De acordo com o governo de João Doria (PSDB), são 7 mil leitos disponíveis em toda a rede.
Ainda que o governo paulista tenha tomado medidas baseadas nos atuais números, existe a dúvida sobre o motivo da alta nas últimas duas semanas, de 27,2% na média diária de internações e de 29,5% dos casos nestes primeiros dias de novembro quando comparados ao mesmo período de outubro.
"Nós não conseguimos entender se eram os dados que estavam represados [pelo Ministério da Saúde] e por isso aumentaram, ou se realmente aumentaram, e o quanto aumentaram, já que esses dados estão sendo inseridos de forma paulatina e gradual", disse Gorinchteyn.
Entre os motivos falados, estão o feriado de Finados em 2 de novembro, o relaxamento das classes mais abastadas em não cumprir o isolamento social e não usar máscara e a intensificação da campanha eleitoral.
O estado de São Paulo tem 43,5% dos leitos de UTI ocupados, e a região da Grande São Paulo, 49,7. Os números são próximos aos observados no início de setembro. O governo considera a alta dentro da normalidade.
Números "estabilizados"
A taxa de internações a cada 100 mil habitantes está em 32, quando o limite para a transição das fases verde e amarela do Plano SP é de 40. O plano guia o governo paulista para apertar ou afrouxar as regras de distanciamento social.Já o número de óbitos por 100 mil habitantes está em 3,1, e o limite entre as fases é de 5. Por isso, o governo considera "adequada" não alterar as fases e retornar com a análise dessas mudanças de 14 em 14 dias, como era no período mais agudo da pandemia. Hoje essas mudanças são feitas com o dobro do tempo. O próximo anúncio será em 30 de novembro, um dia depois do resultado das eleições.
O estado de São Paulo contabiliza 1.191.290 casos confirmados, sendo 41.074 óbitos. Destes, 89% são mortes de pessoas acima dos 50 anos. "Os óbitos tiveram uma discreta elevação. Mas, de toda sorte, eles ainda estão estabilizados", disse Gorinchteyn, completando que a alta poderia ser maior quando comparada com o número de internações. "Novamente precisamos de mais alguns dias para uma melhor análise", disse.
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