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Jornalismo

Crivella promete fim de pedágio na Transolímpica

O atual prefeito do Rio participou nesta terça-feira da sabatina do SBT News

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Marcelo Crivella foi entrevistado pelo SBT News (Foto: Reprodução)
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Marcelo Crivella foi entrevistado pelo SBT News (Foto: Reprodução/SBT)


O atual prefeito do Rio e candidato à reeleição Marcelo Crivella (Republicanos), segundo a participar série de sabatinas eleitorais do SBT News aos candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro, afirmou que irá suspender o pedágio na Transolímpica - via expressa que liga os bairros de Deodoro a Recreio, na zona oeste - se vencer as eleições. Em setembro deste ano, a Prefeitura do Rio assumiu o controle da Linha Amarela, uma das principais vias expressas da cidade, após recurso no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Crivella quer garantir sua permanência na Prefeitura e sagrar-se vencedor do pleito assim como em 2016, ano em que conseguiu 59,36% dos votos, em sua terceira tentativa de chegar ao mais alto cargo do Executivo municipal. 

Leia abaixo a entrevista na íntegra do candidato ao SBT News. A sabatina conduzida pelos jornalistas Isabele Benito e Humberto Nascimento foi nesta 3ª-feira (27.out). Se preferir, assista em vídeo:
 
 

P: Candidato, um levantamento da agência de checagem dados, Agência Lupa, apontou que o senhor cumpriu menos de 20% das promessas feitas na campanha em 2016. De 60 proposta registradas no TSE, o senhor cumpriu apenas 11. Diante desses dados, que motivo o eleitor teria para confiar nas promessas atuais?
R: Importante dizer é que nós tivemos R$ 15 bilhões a menos para administrar a cidade, R$10 bilhões que eram de arrecadação e R$5 bilhões e R$200 milhões nós tivemos que pagar dívidas. Eu não concordo com esse levantamento da Lupa, nós fizemos muito mais. Agora, é muito importante lembrar, é isso que eu te falei, quando nós reembolsos, quando nós fizemos a campanha, o Eduardo [Paes] dizia que as contas da prefeitura estavam em ordem, e não estavam. Além de tudo, um imenso escândalo de corrupção que levou dezenas de funcionários para a prisão.

P: Candidato, a gente tem uma pergunta, ia começar na saúde, mas vou começar primeiro com mobilidade, que eu acho que é de onde das últimas pesquisas uma reclamação cada vez mais constante do eleitorado, do povo carioca. A situação dos ônibus eu vou colocar em destaque a situação do BRT. Durante toda a América, se você percorrer, é desesperador ver as estações do BRT, a gente tem nojo oficialmente. Trinta e três estações do BRT completamente fechadas, mas não é só isso, são completamente abandonadas para quem conhece o Rio de Janeiro. Na sua gestão foi feita até uma intervenção, junto a concessionária do BRT, mas nada melhorou, a gente só vê o abandono a cada dia. Por que esse problema não consegue ser solucionado?
R: Quando a Odebrecht ganhou para fazer o transe oeste, que você citou aí, ela deu de propina para o prefeito Eduardo Paes 5,750 milhões de dólares, depositados em duas contas, uma na Suíça, no Banco do Espírito Santo, por conta da Ford Group, uma empresa que ele montou, e outra na Sewa Capital Group, que é nas Bahamas. Quando a Odebrecht comprou o direito de fazer a TransOeste, fez uma porcaria. Eu fiz a intervenção, mas nós precisamos, se essa a conclusão da intervenção, pegar o dinheiro, tanto o sobrepreço, TransOeste custou R$ 850 milhões, mais ou menos uns R$350 milhões foram de sobrepreço. Para você ter uma ideia, as estações que você falou, que estão todas quebradas, custaram R$ 30 mil reais o metro quadrado - R$ 30 mil reais o metro quadrado é o preço de um apartamento na Avenida Vieira Souto, porque o terreno da Vieira Souto é muito caro. O terreno da estação da BRT é barato, é do governo, não custa nada. Um prédio tem elevadores, tem cozinha, tem banheiro, tem torneiras, tem fiação, tem vidros, esquadrilhas, tem portaria, tem garagem, tem fundação, tem estacas. Numa estação do BRT não tem nada para custar R$30 mil. Então, o BRT é preciso fazer o que eu fiz: entrar na justiça, recuperar, não só a propina que o Eduardo guardou lá no Banco Espírito Santo, lá na Suíça, como também nas Bahamas, mas recuperar o sobrepreço, o superfaturamento, aí sim, vai dar para a gente consertar a calha do BRT. Na TransCarioca, mesma coisa, a Andrade [Gutierrez] pagou, deu propina, pagou ao prefeito para poder fazer ganhar aquela obra. Então, o fiscal, quando o prefeito da obra, da empreiteira, ele não pode fiscalizar se a calha está realmente com a espessura determinada em projeto, era 24 cm e abrir 10 furos, para fazer verificação. Tinha lugares que eu encontrei com 19, o melhor lugar que encontrei 19, mas tinha outros que eu encontrei 6 mm de espessura. As barras de transição, que eram para ser de uma polegada e um quarto, estavam 3/8, eu cheguei a mostrar isso. Então os ônibus quebram, o que acontece, os ônibus quebram, teve motor que caiu no meio da pista. As empresas de ônibus entraram contra a prefeitura, na justiça, e pediram R$70 milhões para consertar os ônibus. O povo vê que os ônibus não vem, fica apertado, vê que aquilo ali foi roubado, quebram as estações, não querem pagar a passagem, enfim, tudo isso por causa da maldita corrupção. Esse dinheiro, que a Odebrecht, para ganhar TransBrasil e a TransOeste, deu ao Eduardo e ao Pedro Paulo, que hoje seria em torno de R$32 milhões depositados em contas do exterior, esse processo está com o juiz Itabaiana, mais cedo ou mais tarde isso vai dar problema para eles, é a razão para qual esse sistema não funciona. Não foi feito pro povo, foi feito para roubar.

P: Só vou fazer aqui um adendo. Prefeito, concorda que pra população do Rio de Janeiro o que importa é a estação funcionando e ônibus passando, pelo menos, com mínimo de qualidade? O que a gente vê, é claro, não só o que é nítido aos olhos. Isso é das camadas, da falta de qualidade que foi gasta de forma errada ou, até mesmo, o escoamento do que deveria ser gasto. Mas hoje não teria como a Prefeitura ter evitado? Porque a concessionária diz que é por conta da pandemia, mas o que a gente vê é um abandono antes mesmo da pandemia.
R: Já na época, em 2016, o SBT mostrava estações sendo queimadas. As pessoas verificaram que ali foi pra corrupção. O povo do Rio de Janeiro sabe muito bem quando a coisa é feita pra ele e quando a coisa é feita pra roubar. Então, causou revolta. As pessoas não queria pagar passagem, faziam invasão, e isso quebrou o sistema. As empresas de ônibus não querem comprar mais ônibus, então são poucos ônibus. Dá aglomeração, os ônibus são ruins, o ar condicionado não funciona, o trajeto demora muito, fica ruim pra todo mundo, há uma revolta geral. Eu fiz a intervenção, mas eu precisava de dinheiro. Eu não tinha. Eu peguei o município quebrado. Entrei na Justiça, mostrei, provei pelas delações e dos fiscais também de que houve um sobrepreço e superfaturamento nessas obras todas. Eu estou tentando recuperar R$6 milhões. Quando a Justiça determinar que essas empresas - estou falando de O.S., Odebrecht, Andrade, Carioca, Delta - devolver aquilo que está provado, aí nós vamos ter dinheiro para arrumar isso tudo e vai ficar um sistema maravilhoso. Processo na Justiça demora, como demorou a Linha Amarela. Eu demorei quase quatro anos para ganhar o direito das pessoas em não terem que pagar pedágio na Linha Amarela.

P: Candidato, nas campanhas passadas, ao ser confrontado sobre supostamente misturar política com religião, o senhor respondia que "pior do que isso era misturar política com corrupção". Agora, o Ministério Público afirma que o senhor mistura política com corrupção e aponta a Prefeitura do Rio, na sua gestão, como um "QG da propina". O senhor não teme os desdobramentos dessa operação recente que o senhor foi alvo, inclusive, de busca e apreensão?
R: Humberto, é operação da maior palhaçada que o Ministério Público já fez. Isso nasce na Rede Globo de Televisão, que não recebeu os R$ 150 milhões que o Eduardo [Paes] dava. Então ela inventa, chamam de "Guardiões do Crivella", grampeia pessoas, que não fazem parte do meu governo. Um deles é o Marcelo Alves. Perdão, é o irmão do Marcelo, o Rafael Alves. Outro é um rapaz, também chamado Rafael, que trabalha pro Eduardo Paes. Os dois trocam mensagens e reclamam que não eram atendidos no meu governo. Queriam ser atendidos, mas tudo o que pediam, eu negava. Com esses grampos, eles fazem uma ilação, uma fantasia, sem prova alguma, sem qualquer indício e fazem uma busca e apreensão. Essa busca e apreensão na minha casa leva um celular. Onde é que estava o dinheiro? É coisa da Globo, Humberto. É simplesmente uma empresa de televisão que não aceita, de maneira alguma, que o governador não faça, não satisfaça as suas ambições loucas, desvairadas e insaciáveis. Porque não foi só 150 milhões que o Eduardo deu para publicidade. Deu 300 milhões também para a Fundação Roberto Marinho. Veja, você acha que se eu tivesse propina no meu governo, eu teria enfrentado OSs [Organizações Sociais], eu teria enfrentado a LIESA que levava 70 milhões pro carnaval? Eu teria enfrentado a Invepar e a LAMSA pra acabar com o pedágio? Eu teria enfrentado as OSs que eu tirei de lá da Prefeitura, e depois acabaram com o Governo do [Wilson] Witzel corrompendo o Secretário de Saúde com R$ 8 milhões dentro do carro? Pô, Humberto, nenhum carioca que tem o mínimo de senso vai ligar uma coisa a outra. São pessoas insatisfeitas na Globo e, infelizmente, há setores do Ministério Público que querem agradar. Isso é natural que façam, querem aparecer. Mas é uma busca e apreensão e um processo que não deu em nada. Aliás, eu pedi pra quebrar o sigilo e eles quebraram o sigilo. E aí, o que que aconteceu? Qual foi a prova que apresentaram? Em quatro anos do meu governo, só teve uma acusação fantasiosa. Quando eles chegaram na minha casa, Humberto, disse assim: "onde que está o motivo para a busca e apreensão?". "Não, Crivella, nós não trouxemos o motivo porque é um processo que está em alto grau de sigilo. Tem provas substanciais contra você". Então, eu fui à Justiça e disse: "quebra o sigilo", e quebraram. Há dois meses quebraram o sigilo. E daí? Qual é a prova substancial contra mim? É só política. Infelizmente, não apuram as contas do Eduardo lá fora. Isso é de 2014 com delação do diretor da Odebrecht, dos doleiros, das empresas que fizeram o transporte, dos funcionários e as contas nos bancos com nomes das empresas. Isso não apuram.

P: Em relação ao secretário Marcelo Alves, o senhor botaria a mão no fogo por ele? O senhor não teme nenhum tipo de desdobramento de investigação em cima dele?
R: Absolutamente, Marcelo Alves é um homem honrado. Olha, quando nós assumimos, o Réveillon custava R$20 milhões. Com o Marcelo, passou para R$10 milhões. O Carnaval eram R$ 70 milhões, o valor que Eduardo colocou em 2016 no Carnaval: 3 milhões por escola, que dá 39, somando todas as despesas dá 70 [milhões]. No último Carnaval, nós não colocamos dinheiros nenhum e foi tão bonito quanto antes. A gente botava R$ 70 milhões e a Globo ia pra lá fazer a filmagem e vender a publicidade e ganhava R$ 250 [milhões]. A LIESA, vendendo os ingressos, ganhava R$100 milhões. E a Prefeitura bancava a festa. Ora, eu tirei esse dinheiro e botei nas creches. Nossas creches passaram de 15 mil crianças para 23 mil. E cada criança na época do Eduardo ganhava, até junho de 2016, R$225. Na hora que ele estava saindo passou para R$300. Eu verifiquei que em São Paulo e em Minas Gerais eram R$600. Então dobrei pra R$ 600 exatamente com esses R$70 milhões do Carnaval; e o Carnaval ficou tão bonito quanto antes.

P: Candidato, eu fiz um levantamento. Olhando no orçamento da Prefeitura do ano passado, desde 2017, seu primeiro ano, comparando com 2020, o gasto com construção e recuperação de praças quase que quadruplicou; dando um percentual exatamente de 363%. Em compensação, a verba de prevenção de enchentes vem caindo a cada ano. Em 2018, foram 789 milhões de reais. Este ano 404 milhões. Ou seja, redução de quase metade. Construir praças é mais importante do que evitar enchentes e deslizamentos?
R: Não. Ocorre que esse ano é um ano atípico. Você está comparando alhos com, desculpe, bugalhos. Você não pode comparar um ano sem pandemia e um ano com pandemia. Esse ano com pandemia, nós não pudemos fazer investimentos. Nós tivemos que gastar os recursos com a saúde e fizemos um hospital de campanha em 25 dias. Não tem hospital de campanha melhor, no Brasil, do que o nosso: 500 leitos, 400 de enfermaria, 100 de UTI, todos eles com respirador, monitor, bomba infusora. Temos um centro cirúrgico, um centro de imagem, um centro de hemodiálise. Aliás, Isabele, eu quero lamentar profundamente o incêndio que ocorreu hoje no Hospital de Bonsucesso. Já removeram cerca de 42 pessoas. Metade delas vieram para os nossos hospitais do município. E quero lamentar que houve um óbito, não por causa do incêndio, mas parece uma pessoa que já estava em estado grave por causa de covid, coronavírus. Mas o que nós precisamos fazer esse ano foi, com a queda de arrecadação, a economia parou, nosso PIB deve cair cerca de 7%, que é uma coisa absurda. Desde que eu me entendo por gente, em todos os livros que eu li, nunca vi na história do Brasil... o nosso PIB começa a ser medido em 1920. Eu nunca vi um PIB cair 7%, que é o que vai cair esse ano. Então, nós não tivemos investimento nem pra praça, nem para as obras de contenção. Mas eu quero lembrar a você que nós fizemos, se não me me engano, cerca de 400 intervenções nas comunidades; e fizemos a maior obra de contenção na Avenida Niemeyer. Gastamos cerca de R$ 40 milhões. Acho que a Avenida Niemeyer, talvez, seja o lugar mais seguro do Rio de Janeiro hoje com tantas obras que foram feitas ali.

P: Prefeito, o senhor citou a morte do paciente lá no Hospital Federal de Bonsucesso, de Covid. Vou entrar nessa questão. A cidade do Rio contabiliza cerca de 12 mil mortes por covid-19. É uma das maiores taxas do Brasil e do mundo. Diante destes números que são alarmantes?
R: Falso.

P: Mas são dados estatísticos, prefeito. Enfim, como é que o senhor avalia a sua gestão na pandemia diante desses dados?
R: Bom, em primeiro lugar, dizer a você que ontem, pelo sistema de informação de mortalidade do Ministério da Saúde, nós tínhamos no Rio de Janeiro cerca de 11 mil pessoas que morreram. Dessas 11 mil pessoas que morreram, 10% vêm de fora do Rio de Janeiro. Então, você pode contabilizar em torno de 10 mil pessoas. Digo mais, o Rio de Janeiro tem 19% da sua população de idosos. Nossa população é 5 milhões e 700 [mil]. Vamos comparar com São Paulo. A cidade mais rica do Brasil, onde nós temos os melhores hospitais privados, federais e universidades, e também um município que não passa pelo sufoco como o nosso município e Estado. Nós tivemos aqui o PMDB, Eduardo, Cabral, afundaram toda nossa cidade e o Estado. Então, um preso e outro deve ser brevemente. Mas veja bem, se você pegar os 20 mil e 500, que ontem no SIM, peço a você que confira, e dividir pela população de São Paulo, que são 12 milhões e 300; e pegar aqui em torno de 10 mil de cariocas que morreram no Rio; e dividir pelos 6 milhões e 700 mil habitantes que temos aqui, você vai encontrar exatamente a mesma coisa: 0,0016 aqui no Rio de Janeiro, 161; e em São Paulo, 165. Portanto, morreu pouquinho mais em São Paulo do que aqui. Agora, nós não tivemos hospitais de campanha do Estado. Nós temos a população 3% mais idosa do que em São Paulo. De tal maneira, Humberto, que essa pergunta sua é absolutamente despropositada. O Rio de Janeiro teve, em comparação a São Paulo que é a melhor capital que temos no Brasil, muito menos mortes do que lá. E não contamos com o Governo do Estado, não pudemos contar também com o Governo Federal aqui no Rio de Janeiro, como gostaríamos de contar. Os hospitais federais no Rio de Janeiro atenderam muitas poucas pessoas. Quem ajudou foi a Rede D?Or que conseguiu empresários e fez um hospital de campanha no Leblon e na Barra da Tijuca. Esses nos ajudaram, mas fora isso, o Rio de Janeiro foi o que bancou essa guerra.  E digo mais: se eu não tivesse comprado 800 respiradores ano passado, 1.800 monitores, 280 bombas infusoras, 27 tomógrafos, foram instalados na cidade toda, teria morrido muito mais. No início da pandemia, os especialistas diziam que morreriam 3% na cidade do Rio de Janeiro. Seriam 200 mil pessoas. Como eu disse a você, morreu 0,0016%; o que dá 16% de 1%. Então, menos de um 1%. Se você comparar com os Estados Unidos, com a Europa, com países muito mais desenvolvidos que a gente, você vai ver que tiveram cidades que morreram muito mais do que 0,16 de 1%. Ou seja, 16% de 1%. Não chegamos a 1. Previsão era 3. Não chegamos a 1%.

P: Candidato, pra você ver como a pergunta sobre mobilidade preocupa muito a população do Rio de Janeiro, tenho aqui a pergunta do Twitter do Renan Xavier Soares. Ele gostaria de saber do candidato, ainda falando de trânsito, sobre as obras nas estradas que não terminaram. Ele diz estradas como exemplo da Avenida Brasil, e também de uma obra em frente ao terminal Novo Rio, que pra ele não tem fim.
R: Renan, me deixa te explicar. Eu estava conversando com a Isabele agora há pouco, de que a Odebrecht deu 5 milhões e 750 mil dólares para o prefeito e para o deputado Pedro Paulo em duas contas. Uma lá na Suíça, outra nas Bahamas. A empresa lá na Suíça chamava-se Waterford, e a empresa que eles montaram nas Bahamas chamava-se Siward. Agora, tem os nomes dos doleiros, das transportadoras, têm recibo de depósito, e isso está tudo na mão do juiz Flávio Itabaiana, que tirou o sigilo. Ele aceitou a denúncia do Ministério Público que tirou o sigilo. Então todos podem ver na internet e verificar isso que eu estou falando pra vocês. Então quando uma empresa, a Odebrecht, dá 5 milhões de dólares - que hoje são R$32 milhões - pra ganhar uma obra, os fiscais ficam de mão amarrada. Ah, e detalhe, o fiscal dessa obra, o Alexandre Pinto, que era colado com o Eduardo, pegou 76 anos de cadeia. Eles não mediram a obra, não viram a qualidade da obra. Então a obra ficou toda quebrada, TransOeste. Agora, vamos para a Transbrasil que você falou. Quando eu assumi em 2017, eu verifico que a Transbrasil, o que eles gastaram a mais ? de R$1,1 bi, que era o valor da obra, isso eu poderia fazer do Caju até Deodoro. Nós tínhamos perdido em corrupção do caju até a Rodoviária Novo Rio. Não tinha mais o dinheiro pra fazer esse trecho. Eu demorei um tempão pra negociar com a caixa econômica. Por exemplo, as estações. Eu falei pra vocês que a estação do BRT na época do Eduardo, custava R$ 30 mil o m², preço de um apartamento na Vieira Souto. Pois bem, lá na Avenida Brasil quando nós pegamos, negociamos por R$5 mil. Quer dizer, então com uma que eu estou pagando dá pra fazer seis. Mas foi uma luta muito grande, foi enorme. E o pior, eu não tinha recursos. Eu tive que pagar mais de R$5 bilhões em obras superfaturadas, e a arrecadação despencou dez. Eu tive R$15 bilhões a menos pra trocar a cidade em 3 anos com chuvas, com um monte de problemas que nós tivemos, desabamento na Niemeyer, desabamento de túnel, uma coisa complicada. Pois bem, agora no final do ano finalmente a Transbrasil vai ficar pronta por um preço bem menor, e que nós tivemos que renegociar. Agora, o presidente Bolsonaro me arrumou R$100 milhões para que a gente faça de Deodoro a Santa Cruz. Já temos uma empresa que está tocando em 4 pontos. Na parte de Campo Grande que tem pouco trânsito, ela está trabalhando de dia. Na parte de cá, a parte que vai chegando em Bangu, aquela área de Vila Kennedy, é muito trânsito o tempo todo e a gente só pode trabalhar de madrugada e de noite. Mas logo logo, até o final do ano, nós vamos terminar a Transbrasil, e com o dinheiro do presidente Jair Bolsonaro, dinheiro do Governo Federal, vamos asfaltar até Santa Cruz. E eu garanto a você, vai ser uma boa de qualidade e os cariocas vão se orgulhar dela. De ponta a ponta, a Avenida Brasil vai ficar outra coisa.

P: Candidato Marcelo Crivella do Republicanos, agora o senhor tem o microfone aberto para falar para a população diretamente do Rio de Janeiro.
R: Olha, eu quero dizer a vocês meus amigos, que os sonhos que eu tive eu não pude realizar. Eu lamento profundamente não ter feito o governo que eu esperava fazer. Talvez eu seja o mais insatisfeito dos cariocas. Mas a cada dia do meu governo nós lutamos arduamente para honrar o seu voto. Não teve um dia que não tivesse que enfrentar um embate. Vocês sabem que nós fomos o tempo todo criticados pela Globo porque não podia dar os R$150 milhões de publicidade que o Eduardo deu, nem os R$300 milhões que a Fundação Roberto Marinho tinha sem a concorrência do dinheiro do FUNDEB. Aliás, o Eduardo também tirou R$240 bilhões da Educação para dar para as empresas e agora o Juiz o mandou devolver. Tem R$240 milhões indisponíveis na conta dele para devolver por conta de gratuidade. Veja, eu também dou gratuidade para as crianças na escola. A gratuidade não mudou, mas eu tenho a passagem mais barata do Brasil: R$4,05. Os ônibus não estão bons, precisa melhorar, mas eu duvido que você vá em São Paulo, Belo Horizonte, em Salvador e encontre passagens de ônibus a R$4,05 e com tomada do celular no ônibus, e com WIFI em muitos deles. E também aumentarmos o número de ar-condicionado na frota. Tivemos o problema com a pandemia, mas ainda assim estamos lutando muito para fazer um governo que vocês merecem. Fizemos 300 mil cirurgias nos hospitais, tivemos 22 milhões de consultas na atenção básica, e vacinamos 34 milhões de cariocas. Peço a vocês que não permitam que a corrupção do passado volte. Peço a vocês que fiquem conosco. Vamos continuar na nossa missão, já terminou o pedágio da Linha Amarela, vai terminar o pedágio da TransOlímpica, vamos recuperar os R$6 bilhões das obras superfaturadas e fazer dessa Cidade Maravilhosa de encantos mil e a mais linda do Brasil. Muito obrigado.
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