Delegada afirma que Flordelis será investigada pela morte do marido

A morte do pastor Anderson do Carmo, executado com cerca de 30 tiros ao chegar em casa na madrugada de domingo, em Niterói, permanece um mistério para a polícia, que continua investigando o que pode ter motivado o crime.

Duas filhas e uma neta da deputada federal Flordelis e Anderson do Carmo, estiveram na Divisão de Homicídios nesta sexta-feira, assim como um outro filho do casal. Porém, o depoimento não foi divulgado. 

Em entrevista, a delegada do caso, Bárbara Lomba, afirmou que quem estava na casa no dia do crime será investigado. Incluindo Flordelis. A delegada também comentou que provavelmente, a motivação do crime é de problemas familiares, mas não sabe de que natureza, se política, financeira ou amorosa.

A polícia continua atrás dos telefones celulares da vítima e também de Flávio, único filho biológio de Flordelis, que confessou ter atirado no pastor. Os aparelhos podem ter informações mais precisas, que vão ajudar a polícia a esclarecer o caso. O que se sabe até agora, é que a arma do crime foi comprada dois dias antes. 

Na quinta-feira, um dos filhos adotivos do casal, que estava na casa no dia do assassinato, disse para a polícia que já tinha ouvido falar em um plano para matar o pastor Anderson do Carmo e que Flordelis colocava remédios na comida do marido. Os medicamentos vinham minando a saúde do pastor.

O jovem também contou que uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil a outro irmão para matar o pai.

Anderson e Flordelis estavam casados há mais de 20 anos e tinham 55 filhos adotados. A história do casal chegou a virar filme, "Flordelis - Basta uma palavra para mudar".

O corpo do pastor Anderson do Carmo foi enterrado na última segunda-feira (17). O enterro, inclusive, contou com a presença do filho que confessou ter matado o pai adotivo.