Alckmin defende alternativa para desoneração da folha de pagamento
Outra proposta, ainda não detalhada, foi indicada por Haddad; expectativa é que discussões fiquem para depois da reforma tributária

Lis Cappi
O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu nesta 3ª feira (28.nov) que uma alternativa para a desoneração da folha de pagamentos deve ser discutida. E que o tema deve ficar para depois da aprovação da reforma tributária no Congresso.
A expectativa é que a discussão ganhe espaço com retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de comitiva, após a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28).
"O grande desafio do mundo vai ser emprego e renda, não só nosso, mas mundial. Então, a gente [deve] procurar, pós-reforma tributária, buscar caminhos, e nós podemos discutir isso, para a desoneração de folha que já existe hoje na área rural para pessoa física e não teve perda de receita, você só muda a fonte de contribuição", disse Alckmin.
A declaração vem em um período de embate ao tema, após veto de Lula ao texto. O presidente se colocou contra a proposta, de forma integral, e derrubou a decisão do Congresso em prorrogar a desoneração em folha de pagamento a 17 setores da economia.
Com a decisão, parlamentares do Congresso iniciaram movimento para derrubar o veto do presidente. As estimativas de frentes parlamentares que defendem a revogação é de conseguir ampla maioria em sessão do Congresso, que ficará para dezembro. Uma decisão final a respeito deve ser definida ainda em 2023, pois o benefício a setores só vale até o fim do ano.
+ Há ampla maioria para derrubar veto, diz autor da prorrogação da desoneração na folha