Em Paris, Lula diz que Amazônia pertence a toda a humanidade
A participação do presidente ocorreu a convite do vocalista da banda britânica Coldplay

Gabriella Furquim
Lula voltou a defender que os países mais ricos financiem a manutenção das reservas florestais de nações em desenvolvimento e afirmou que a Amazônia pertence a toda a humanidade. As falas ocorreram na tarde desta 5ª feira (22,jun), em Paris, durante o festival Power Our Planet. A participação do presidente ocorreu a convite do vocalista da banda britânica Coldplay.
"A Amazônia é um território soberano do Brasil, mas, ao mesmo tempo, pertence a toda a humanidade", afirmou Lula.
O presidente brasileitro também responsabilizou os países ricos pela crise climática. "Não é o povo africano que polui o mundo, não é o povo latino-americano que polui o mundo. Na verdade, quem poluiu o planeta nos últimos 200 anos foram aqueles que fizeram a Revolução Industrial. E, por isso, têm que pagar a dívida histórica que têm com o planeta Terra", afirmou.
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Agenda em Paris
Lula chegou a Paris ainda pela manhã. O presidente está na capital francesa para participar da Cúpula para o Novo Pacto Global de Financiamento, promovida pelo presidente Emmanuel Macron.
No primeiro compromisso do dia, ele se reuniu com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa. Lula também se reuniu com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, e com a ex-presidente do Brasil e atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff.
Lula ainda terá um encontro bilateral com Macron nesta 6ª (23.jun), após o encerramento da cúpula, quando o presidente brasileiro fará seu discurso oficial. A comitiva de Lula só deve retornar ao Brasil no fim de semana.
Itália
Antes de desembarcar em Paris, Lula cumpriu uma agenda de dois dias em Roma, na Itália. Ele se reuniu com o presidente Sergio Matarella e com a primeira-dama Giorgia Meloni.
Lula também visitou o papa Francisco, no Vaticano, onde discutiram temas como combate à fome e guerra na Ucrânia. Ainda na Itália, o presidente visitou o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, em retribuição à solidariedade do italiano quando Lula esteve preso em Curitiba, em 2018 e 2019.