Padilha diz que não há fato que justifique CPI para apurar ações do MST
Comissão foi criada na última semana e deve investigar financiadores de invasões de terra
Camila Stucaluc
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, comentou sobre a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as ações do grupo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Pelas redes sociais, o ministro afirmou que não existem fatos determinados, como exige a Constituição, para a ação.
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"O presidente Lula convidou o MST para o Conselhão e o convite foi aceito. O trabalho na agricultura familiar vai contribuir com políticas para a produção de alimentos saudáveis no nosso país. Aproveito para ressaltar que não existe nenhum fato determinado, como exige a Constituição, para a criação de eventual CPI sobre o MST", escreveu.
O requerimento para a criação da Comissão foi lido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na última 4ª feira (26.abr). O colegiado será formado por 27 titulares e 27 suplentes, que irão apurar a atuação do MST no país, bem como os financiadores das invasões de fazendas e demais ações do grupo.
Espera-se que o líder do MST, João Pedro Stedile, seja um dos primeiros alvos da oposição na CPI, que irá cobrar explicações sobre as ligações dele com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Stedile também já é alvo de uma notícia-crime, protocolada pelo Ministério Público de São Paulo, por incitar invasões em propriedades rurais.
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O avanço da CPI do MST no Congresso aconteceu em meio ao "Abril Vermelho", mês no qual o grupo relembra o massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em abril de 1996. O movimento já resultou em dezenas de ocupações de terra, sendo as últimas em três fazendas na Bahia, que, segundo o grupo, não estavam cumprindo a chamada função social.