Ibama inicia ações de fiscalização para combater garimpo na terra Yanomami
Agentes destruíram um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio ao garimpo
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deu início, na 2ª feira (6.fev), a ações de fiscalização para proteger indígenas e combater o garimpo ilegal no território Yanomami, em Roraima. Os trabalhos realizados até o momento foram acompanhados pela Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente, da Advocacia-Geral da União (AGU).
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Segundo o Ibama, até o início da noite de 3ª (7.fev), fiscais destruíram um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico ao garimpo. Além disso, houve apreensão de duas armas e três barcos com cerca de 5 mil litros de combustível.
No rio Uraricoera, o Ibama e a Força Nacional instalaram uma base de controle para impedir o fluxo de suprimento para os garimpos na Terra Indígena Yanomami (TIY). Profissionais da base flagraram barcos de 12 metros carregando gasolina, diesel, cerca de uma tonelada de alimentos, freezers, geradores e antenas de internet. Os suprimentos foram apreendidos e serão utilizados para abastecer o local de controle.
"Nenhuma embarcação com carregamento de combustível e equipamentos será autorizada a seguir daquele ponto de bloqueio em direção aos garimpos", pontua o Ibama. Bases de controle serão instaladas em outras áreas da terra Yanomami também. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) vem fornecendo a estrutura logística necessária e, acrescenta o Ibama, "o apoio dos indígenas nesta fase é fundamental".
O Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do instituto vem monitorando pistas de pouso clandestinas na TIY em Roraima. "Sobrevoos para identificar e destruir a infraestrutura do garimpo, como aviões, helicópteros, motores e instalações, serão mantidos. O trator destruído era usado para abrir 'ramais' na floresta", complementa a autarquia.
Viagem
Nesta 4ª feira (8.fev), os ministros da Defesa, José Múcio, e dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, a presidente da Funai, Joenia Wapichana, e os comandantes das Forças Armadas, viajaram a Roraima para monitorar as atividades de apoio aos yanomamis e levar mantimentos para a região.