Ministério da Saúde monitora medicamentos em falta no país
Pasta tenta evitar desabastecimento, mas não estipulou um prazo para normalizar a escassez
Larissa Arantes
O Ministério da Saúde informou, nesta 6ª feira (22.jul), que monitora a disponibilidade de 86 substâncias, entre medicamentos e insumos, para evitar o desabastecimento no país, mas não deu prazo para normalizar a situação.
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Todos os dias, a historiadora Djane Bento toma oito remédios para conviver com o lupus, uma doença inflamatória e autoimune sem cura. quatro deles, estão em falta na rede pública.
"Se o paciente não toma essa medicação diariamente, acaba agravando mais ainda o quadro dele. A falta de remédios nos causa dor, não tem como ir trabalhar, porque você mal consegue levantar", diz Djane.
Para o Ministério, o risco de desabastecimento ocorre em função de fatores como o aumento dos preços dos insumos e a escassez de matéria-prima. O lockdown provocado pela pandemia na China, principal fornecedor mundial, e na Índia, também afetou a oferta de medicamentos. Outro problema é a guerra na Ucrânia.
Ao todo, 21 ações foram adotadas. Uma delas foi liberar os preços de algumas substâncias e zerar a alíquota do imposto de importação de outras 11. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) foi acionado para verificar se empresas adotaram práticas anti-mercado, mas não há uma previsão de prazo para a solução do problema.
"A gente não tem como definir uma data precisa, porque em cada caso demanda uma situação específica. Tem questão de preço, tem questões de dificuldade de importação, temos questões da produção do insumo. Então, o que a gente vem fazendo é trabalhando a medida regulatória adequada monitorando se a situação está resolvida ou não", afirmou Daniel Pereira, secretário-executivo do Ministério da Saúde.
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