Três dos 21 ministros do governo foram para a missão da ONU no Haiti
Casa Civil, Infraestrutura e o Gabinete de Segurança são comandados por ex-integrantes da Minustah
Três dos 21 ministros do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atuaram na Missão de Paz do Haiti, a Minustah, encerrada em 2017. O general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Casa Civil, o general Augusto Heleno Ribeiro, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura.
Criada em 1° de julho de 2004, a missão, que teve o comando do exército brasileiro, tinha como principal função a estabilização do país caribenho após o terremoto em 12 de janeiro de 2010, que matou mais de 200 mil pessoas no país. No total, foram 37,5 mil brasileiros que participaram das operações no Haiti.
O primeiro comandante da Força Militar da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti, de 30 de maio de 2004 a 31 de agosto de 2005, foi o general Augusto Heleno Ribeiro, o atual ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela inteligência do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
O general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Casa Civil, foi comandante da Minustah de 2011 a 2012. Já Tarcísio de Freitas, atual ministro da Infraestrutura, foi chefe da seção técnica da Companhia de Engenharia do Brasil na Missão de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti entre 2005 e 2006.
No entanto, a missão, que durou 13 anos, recebeu duras críticas. Epidemia de cólera trazida por militares, violência e abusos sexuais são pontos alarmantes levantados por pesquisadores como elementos da operação.