Bolsonaro diz que visitará prefeito que defende 'tratamento precoce'

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) exaltou a atuação do governador de Chapecó, João Rodrigues (PSD), no combate à pandemia do novo coronavírus, e afirmou que visitará a cidade, no oeste catarinense, nesta semana. Assim como Bolsonaro, Rodrigues defende o chamado "tratamento precoce", que consiste no uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19.

"Deixo claro que 4ª ou 5ª feira agora estarei em Chapecó. Visitarei lá o prefeito João Rodrigues que fez um trabalho excepcional no tocante aos recursos dados pelo Estado no atendimento, na ponta da linha, de quem necessitava do tratamento. Foi uma obra fantástica por parte dele. É um exemplo a ser seguido", disse o presidente durante cerimônia de entrega de moradias populares nesta 2ª feira (5.abr), em São Sebastião -região a 25km do centro de Brasília.

Horas mais cedo, nesta 2ª, Bolsonaro compartilhou em suas redes sociais um vídeo de Rodrigues em uma unidade de saúde vazia. "Para a nossa alegira, nessa Páscoa, olha só como está: não tem nenhum paciente", celebrou o prefeito, na gravação, enquanto exibe o local sem pacientes.



No mesmo vídeo, Rodrigues atribui a queda nas internações na cidade, entre outras coisas, ao tratamento precoce. "Atenção prefeitos e governadores: não tenham medo. Abram suas portas e tratem seus pacientes com tudo aquilo que é possível. Pela ciência também, claro que sim, mas permitam que os médicos que têm vontade de fazer tratamento precoce façam. Deem apoio. Foi o que fizemos em Chapecó", afirmou, antes de elencar as outras ações adotadas, como a testagem em massa e a abertura de novos leitos.

Em sua fala sobre a atuação do prefeito, Bolsonaro voltou a defender que profissionais de saúde tenham "liberdade total para trabalhar com o paciente": "Esse é o dever do médico. É a obrigação e o direito dele. Não tem um remédio específico, ele trata da melhor maneira possível".

"Por isso estou indo para lá. Para exatamente não só ver, mas mostrar a todo o Brasil que o vírus é grave, mas seus efeitos têm como ser combatidos", acrescentou o presidente.