Aliados recusam que Bolsonaro preserve Ernesto Araújo demitindo assessor
Pressão por demissão do Ministro das Relações Exteriores aumentou nesta semana
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Aliados do presidente Jair Bolsonaro avisam que a demissão do assessor especial para Assuntos Internacionais do Planalto, Filipe Martins, não será o suficiente para apaziguar os ânimos com relação à política externa do governo. A cobrança seguirá pela saída do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Nem mesmo os parlamentares mais próximos ao Palácio do Planalto defendem o chanceler Ernesto. Senadores ouvidos pelo SBT News dizem que a questão não é saber se Araújo será demitido, mas quando isso vai acontecer. "Em circunstâncias normais ele já teria sido exonerado. No entanto, não há normalidade com Bolsonaro. Nem lógica ou previsibilidade", destacou um parlamentar, que pediu anonimato.
Na manhã desta 6ª feira (26.mar), Bolsonaro encontrou-se com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e confirmou que pretende demitir Martins. O assessor acompanhou o ministro Ernesto Araújo em sessão no Senado no meio desta semana e foi flagrado fazendo um gesto associado aos supremacistas brancos. Martins justificou que estava apenas arrumando o terno. A desculpa não convencou os parlamentares, e a Polícia Legislativa do Senado investiga o caso.
Bolsonaro argumentou ao presidente do Senado que a demissão de Martins já é um gesto de mudança na diplomacia do Brasil, já que o assessor especial é próximo de Ernesto Araújo e é consultado pelo chanceler em vários momentos. Pacheco deixou claro que a decisão é do presidente, mas observou que o desgaste deve continuar com a insistência em manter o chanceler no Itamaraty e que a permanência de Araújo pode ser o fator que faltava para a instalação da CPI da Covid, tendo como alvo não só as ações do ex-ministro Pazuello, mas também a gestão de Araújo à frente da diplomacia brasileira.
A pressão dos filhos do presidente, principalmente do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), é o que mantém a permanência de Araújo no cargo. Senadores ficaram impressionados com como o chanceler tem a confiança da família Bolsonaro - mesmo com os tropeços na relação com os outros países, em especial a China.
Bolsonaro não gosta de tomar qualquer decisão sob pressão. Por isso, a aposta dos parlamentares é que o presidente vai esperar alguns dias enquanto procura um novo cargo para o ministro para depois confirmar a exoneração.
Nem mesmo os parlamentares mais próximos ao Palácio do Planalto defendem o chanceler Ernesto. Senadores ouvidos pelo SBT News dizem que a questão não é saber se Araújo será demitido, mas quando isso vai acontecer. "Em circunstâncias normais ele já teria sido exonerado. No entanto, não há normalidade com Bolsonaro. Nem lógica ou previsibilidade", destacou um parlamentar, que pediu anonimato.
Na manhã desta 6ª feira (26.mar), Bolsonaro encontrou-se com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e confirmou que pretende demitir Martins. O assessor acompanhou o ministro Ernesto Araújo em sessão no Senado no meio desta semana e foi flagrado fazendo um gesto associado aos supremacistas brancos. Martins justificou que estava apenas arrumando o terno. A desculpa não convencou os parlamentares, e a Polícia Legislativa do Senado investiga o caso.
Bolsonaro argumentou ao presidente do Senado que a demissão de Martins já é um gesto de mudança na diplomacia do Brasil, já que o assessor especial é próximo de Ernesto Araújo e é consultado pelo chanceler em vários momentos. Pacheco deixou claro que a decisão é do presidente, mas observou que o desgaste deve continuar com a insistência em manter o chanceler no Itamaraty e que a permanência de Araújo pode ser o fator que faltava para a instalação da CPI da Covid, tendo como alvo não só as ações do ex-ministro Pazuello, mas também a gestão de Araújo à frente da diplomacia brasileira.
A pressão dos filhos do presidente, principalmente do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), é o que mantém a permanência de Araújo no cargo. Senadores ficaram impressionados com como o chanceler tem a confiança da família Bolsonaro - mesmo com os tropeços na relação com os outros países, em especial a China.
Bolsonaro não gosta de tomar qualquer decisão sob pressão. Por isso, a aposta dos parlamentares é que o presidente vai esperar alguns dias enquanto procura um novo cargo para o ministro para depois confirmar a exoneração.
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