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Eleições 2024: o que as pesquisas revelam sobre força e fraqueza de Nunes, Boulos e Marçal

A partir do cruzamento dos números de quatro institutos é possível avaliar as estratégias na reta final de campanha

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Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) lideram pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo | Reprodução
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Se Ricardo Nunes (MDB) vai bem entre os eleitores que recebem Bolsa Família, Guilherme Boulos (PSOL) se destaca entre os que estão no mercado de trabalho e Pablo Marçal (PRTB) tem mais apoio dos homens. Tais recortes por segmento mostram a força dos candidatos à prefeitura de São Paulo a partir do detalhamento de dados das últimas pesquisas de quatro institutos avaliadas pelo SBT News.

+ Candidatos à Prefeitura de São Paulo comentam pesquisa eleitoral do Datafolha

O levantamento da reportagem inclui as pesquisas da AtlasIntel, da Quaest, do Datafolha e do Paraná Pesquisas. Por mais que os números gerais dos candidatos apresentem diferenças - aqui consideradas metodologias próprias, incluindo coleta e margem de erro -, os recortes se aproximam, sendo possível identificar pontos fortes e fracos dos três primeiros colocados em quatro institutos.

A AtlasIntel, divulgada na quarta-feira, 10 de setembro, é a mais divergente em relação aos números finais das quatros pesquisas. Mostra recortes sobre Nunes que se repetem nas demais, como a força do prefeito entre os eleitores de baixa renda. Ele tem a preferência daqueles que recebem o bolsa família (29,9%). Nunes também é o preferido entre os com mais de 60 anos (29,5%).

No caso de Boulos, o candidato do PSOL vai melhor entre mulheres (33,7%), entre jovens de 16 a 24 anos (30%), entre católicos (24,5%), entre pessoas com ensino superior (37,8%) e entre quem não recebe Bolsa Família (29,1%). Marçal, por sua vez, vai bem entre homens (31,5%) e entre evangélicos (42,9%). Na pesquisa AtlasIntel, Boulos tem 29,2%, Marçal aparece com 25,5% e Nunes (21%).

Na pesquisa Quaest, a rejeição dá a tônica das dificuldades de cada um dos três candidatos. Boulos é o mais rejeitado com 48%, seguido por Marçal com 41% e Nunes com 34%. Como o grau de rejeição é um dos mais importantes indicadores para avaliar a força de um candidato, Nunes passa a ter mais chances de chegar a um segundo turno. Na Quaest, divulgada também na quarta, Nunes tem 24%, Marçal (23%) e Nunes (21%).

A pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira (12), confirma a força de Nunes entre os mais pobres (com renda de até dois salários mínimos), segmento em que ele aparece com 27% das intenções de votos. A margem de erro nesse recorte da pesquisa é de 5 pontos percentuais, o que mostra um empate com Boulos (21%) - Marçal apresenta 13% nesse segmento. O resultado geral do Datafolha foi: Nunes (27%), Boulos (25%) e Marçal (19%).

A Paraná Pesquisa mostra que o melhor desempenho de Boulos (25,2%) está entre a população economicamente ativa (com trabalho e salário). O melhor resultado de Nunes é justamente entre os que não estão nesse grupo de assalariados (29,9%). A pesquisa reforça o fraco desempenho de Marçal entre mulheres (16,2%). A Paraná, divulgada na sexta (13) mostrou que nos dados consolidados Nunes tem 25,1%, Boulos, 24,7% e Marçal 21%.

“Os dados sobre rejeição devem ser analisados com cuidado. No caso de Marçal o avanço dele contra os demais candidatos pode ter energizado a campanha num primeiro momento, mas também gera desconfiança”, diz o doutor em Ciência Política Leandro Gabiati. “No caso de Boulos, ele precisa consolidar o voto feminino e avançar sobre as classes mais pobres, que pelas pesquisas estão com Nunes até aqui.”

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