Boulos aposta em Lula e Nunes destaca que veio da periferia; veja como foi 1ª propaganda eleitoral na TV
Com menos de 40 segundos, Datena cita coragem e Tabata tenta se apresentar; Marçal não tem direito ao horário eleitoral
No primeiro programa eleitoral gratuito na TV, nesta sexta-feira (30), os candidatos à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) fizeram apostas diferentes para conquistar o eleitor. Enquanto o psolista usou seus 2 minutos e 22 segundos para mostrar uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o atual prefeito da capital se definiu como "cria da periferia" e deu ênfase à família.
Com poucos segundos, José Luiz Datena (PSDB) disse ter independência e coragem. Tabata Amaral (PSB) se apresentou rapidamente. Pablo Marçal (PRTB), Marina Helena (Novo), João Pimenta (PCO), Bebeto Haddad (DC), Ricardo Senese (UP) e Altino Prazeres (PSTU) não têm direito ao horário eleitoral por causa dos desempenhos de seus partidos nas eleições de 2022.
Guilherme Boulos (PSOL)
Gravada na casa de Boulos, no Campo Limpo, extremo da zona sul de São Paulo, a propaganda eleitoral exibida nesta sexta mostrou a chegada de Lula e da primeira-dama, Janja, ao local. Com a esposa e as filhas do candidato à mesa, é o presidente quem apresenta cada uma delas e fala sobre a experiência do psolista.
"Eu acho que o companheiro Boulos construiu uma história extraordinária em São Paulo. E pela ligação dele com os movimentos sociais, que brigaram nesse país pela democracia, por habitação, eu acho que o Boulos é, sem sombra de dúvidas, o mais qualificado dos candidatos para ser prefeito de São Paulo", diz Lula.
A vice na chapa, Marta Suplicy (PT), não aparece nas imagens. Ela é citada por Lula, que diz que a campanha junta "o vigor e a força de um jovem, com a experiência de uma mulher bem-sucedida".
Ricardo Nunes (MDB)
Com o maior tempo de propaganda entre todos os candidatos, 6 minutos e 30 segundos, Nunes usou grande parte do programa de estreia para destacar que morou em bairros periféricos de São Paulo, como o Parque Santo Antônio, na zona sul. Se apresentando como "cria da periferia", ele afirmou que foi o "prefeito que mais fez pela periferia".
Nunes apresentou a esposa, os filhos e o neto. Teve espaço, ainda, para mostrar os cachorros. Apoiador oficial da campanha, Jair Bolsonaro (PL) apareceu apenas em uma foto. Bruno Covas, que foi prefeito da capital e morreu de câncer, também apareceu rapidamente.
O emedebista prestou contas de suas ações no primeiro mandato e disse que "ainda tem muita coisa pra fazer". Por mais de uma vez, foi colocado como um "caminho seguro" para a capital paulista.
José Luiz Datena (PSDB)
Em 35 segundos, o apresentador afirmou que o tempo era curto, "mas a história é grande". Conhecido do público, ele optou por não se apresentar e usou os poucos segundos que tinha para falar sobre sua principal bandeira: a segurança pública.
"O único com independência e coragem para defender São Paulo", diz Datena. Ele também afirmou que vai melhorar a saúde na cidade e que colocará "o pobre no orçamento".
A campanha se encerra com uma fala gravada durante uma agenda de campanha: "Quem for vagabundo, vai sair fora", afirmou.
Tabata Amaral (PSB)
Tabata tinha o menor tempo do horário eleitoral gratuito na TV, apenas 30 segundos. Destacando que é filha de uma diarista e de um cobrador de ônibus, que vieram para São Paulo "em busca de uma vida melhor", a candidata fez questão de mencionar que nasceu e cresceu na periferia, na Vila Missionária, zona sul da capital paulista.
"Quero colocar a periferia no topo e no centro das atenções da Prefeitura", ela afirmou.