Quem é "raiz" e quem é "nutella": PT faz raio-X do PL no Congresso
Relação com o Legislativo é um desafio apontado para o novo governo porque o PL tem as maiores bancadas
Larissa Arantes
Com o PL fortalecido no Congresso, o PT vai fazer, a partir de agora, uma análise dos parlamentares do partido do presidente Jair Bolsonaro que podem aceitar "conversar" a partir de 2023. A legenda comandada por Valdemar Costa Neto conseguiu eleger as maiores bancadas nas duas Casas e, por isso, neste momento, a relação com o Legislativo é apontada como um desafio para o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Existem uns 20 que são raiz e 80 que são nutella", disse um petista, em alusão ao meme que ficou famoso na internet, para indicar que uma minoria da sigla na Câmara não estaria aberta ao diálogo com a base do novo comando do Poder Executivo. A avaliação é a de que parte dos integrantes do PL estaria mais próxima de um posicionamento de "centro" e que, assim, seria possível estabelecer uma articulação. A bancada da sigla será de 99 deputados federais na próxima legislatura.
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Manifestações de outras siglas também podem ser indicativos de como será construída a relação com o Congresso. Legendas que escolheram a neutralidade após o primeiro turno, por exemplo, já dão sinais de aproximação, como é o caso do União Brasil. No domingo (30.out), pouco depois da confirmação de que Lula estava eleito, foi divulgado um vídeo do presidente da sigla, Luciano Bivar, em que ele parabeniza o novo presidente e os demais governadores do partido que venceram nas urnas.
Ainda em relação ao Congresso, a atitude do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro, também foi reconhecida como positiva por petistas. O parlamentar foi o primeiro a se pronunciar sobre a vitória de Lula no domingo, defendeu o respeito ao resultado das urnas eletrônicas, mas não citou o nome do presidente eleito.
