Tarcísio (Republicanos) e Haddad (PT) nacionalizam debate final em SP
Aliado de Bolsonaro faz defesa do governo federal e petista atacou de pandemia e salário mínimo
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Os candidatos ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT), fizeram o debate final do segundo turno das Eleições 2022, na noite desta 5ª feira (27.out). O confronto voltou a ser nacionalizado, com temas como salário mínimo, a política do governo federal no combate à covid-19 e o orçamento secreto do Congresso.
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O debate da Globo, a dois dias das eleições, começou às 22h. Os adversários falaram sobre vacinação infantil, saúde, habitação, segurança pública, sobre guerra fiscal e moradores de rua, na área temática. Chegaram a tratar de cracolândia, privatização da Sabesp, uso de câmeras nos uniformes da polícia, entre outros. Mas o embate voltou a ser dominado pela pauta nacional.
Tarcísio começou falando que virou vítima de um bombardeio de fake news da campanha adversária e aproveitou para defender seu padrinho político, o presidente Jair Bolsonaro (PL). "Tanta fake news, Haddad, que pessoas ligadas até a você, me refiro ao Márcio França (ex-governador), disseram que o Bruno, goleiro Bruno que foi condenado por assassinato ia ser meu secretário. Aí já começa a entrar na área do deboche com o cidadão. Deboche com o eleitor. Aí não faz o menor sentido, gente." Questionado sobre vacinação de crianças no estado, ele tergiversou.
Haddad subiu o tom. "As coisas que você diz aqui são absurdo", disse Haddad, que trouxe o tema vacinação e combate à covid-19 para a troca de acusações com o adversário - o tema é usado pelo PT no embate presidencial, entre Bolsonaro e Lula. Na esteira de temas que dominam o embate nacional, Haddad questionou Tarcísio sobre o salário mínimo, criticou o ministro Paulo Guedes (Economia), sobre a política de agronegócio federal. Virou um debate de ataques e defesa do governo Bolsonaro.
"Você tem uma fixação em falar do governo Bolsonaro, que eu acho que você deveria ser candidato a presidente novamente", provocou Tarcísio.
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Tarcísio teve 42,3% dos votos válidos e terminou o primeiro turno à frente de Haddad, que teve 35,7% - as pesquisas indicaram o petista à frente até a véspera. Na última pesquisa de intenção de voto Ipec, divulgada na 3ª feira (25.out), dois adversários estão empatados no limite da margem de erro: o apadrinhado de Bolsonaro teve 46% dos votos, e o aliado de Lula, 43%.
Tarcísio questionou Haddad sobre o papel do Movimento Sem Terra (MST) em um eventual governo do PT em São Paulo. O ex-prefeito da capital paulista defendeu o carater produtivo do movimento. O petista voltou a chamar o adversário de "forasteiro" no estado. O candidato do Republicanos reagiu e disse que como prefeito na capital, ele pouco fez.
O petista ainda ironizou, quando o assunto foi habitação. "Tarcísio, você falar de habitação, é uma covardia porque vocês acabaram com o Minha Casa, Minha Vida. Como é que você vai fazer uma habitação sem Minha Casa, Minha Vida? Você vai votar no Lula no domingo? A única maneira da gente voltar a fazer habitação para população é eleger o presidente Lula. Vocês acabaram com o maior habitacional da história do Brasil. Você não tem um pouco de constrangimento de falar disso?"
Tarcísio voltou a citar as prisões de petistas, entre eles o ex-presidente Lula, para atacar os adversários e o PT. Haddad lembrou dos aliados do adversário e citou o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), preso no domingo (23.out), após disparar granadas e mais de 50 tiros de fuzil contra os policiais federais que cumpriam a ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).