Lula e Bolsonaro calibram abordagens sobre pandemia e corrupção
Faltam 13 dias para o 2º turno; candidatos reforçam os temas para os próximos embates
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência da República, deve se dedicar, nos próximos dias, ao tema corrupção. No último debate, organizado pela TV Bandeirantes, Lula não explicou claramente as acusações da força tarefa da Lava Jato -- que revelou um esquema de corrupção e desvios de dinheiro público envolvendo a Petrobras e empreiteiras.
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No debate, Lula disse apenas que "se houve corrupção na Petrobras, prendeu-se o ladrão que roubou, acabou. Prendeu porque houve investigação, porque no nosso governo nada era escondido. A gente não tinha sigilo do filho, da filha, do cartão de crédito, das casas, nada. Era o Portal da Transparência e a Lei de Acesso à Informação", defendeu.
Já o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, teve dificuldades para responder às perguntas relacionadas à pandemia de Covid-19. Agora, faltando 13 dias para o 2º turno, Bolsonaro deve se preparar para lidar com esses questionamentos. O tema causa desconforto em Bolsonaro que, frequentemente, é apontado como responsável por atrasar a compra de vacinas contra a doença e defender remédios que não tem comprovação de eficácia no tratamento da Covid-19.
No domingo (16.out), durante o debate, quando questionado sobre as ações do governo para conter a pandemia, Bolsonaro disse que "a primeira vacina no mundo foi aplicada em dezembro de 2020. Em janeiro do ano seguinte, um mês depois. O Brasil começou a vacinar. Nós compramos mais de 500 milhões de doses de vacina. E todos aqueles que quiseram tomar vacina, tomaram. E o Brasil foi um dos países que mais vacinou no mundo e em tempo mais rápido. Então, o senhor se informe antes de fazer acusações levianas e mentirosas", afirmou em resposta a Lula.
Debate
Os candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram convidados para o debate marcado para a próxima 6ª feira, dia 21 de outubro, às 21h30. O evento é organizado pelo SBT em parceria com outros grupos de comunicação: Estadão, Rádio Eldorado, CNN, Veja, Terra e Rádio Nova Brasil.
O debate será no estúdio do SBT, em Osasco (SP), sem plateia, com mediação do jornalista Carlos Nascimento e transmissão ao vivo pelas plataformas dos veículos patrocinadores. Serão quatro blocos. Em dois, os candidatos se enfrentam diretamente. Nos demais, jornalistas fazem perguntas. Haverá réplicas, tréplicas e comentários.