Justiça Eleitoral conclui distribuição e montagem das urnas eletrônicas
Em Brasília, Tribunal Superior Eleitoral fez verificação dos sistemas de votação
Soane Guerreiro
O sábado (01.out) foi de preparativos para as eleições em todo o Brasil. A Justiça Eleitoral concluiu a distribuição e a montagem das mais de 577 mil urnas. Em Brasília, o Tribunal Superior Eleitoral fez a verificação dos sistemas de votação.
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Cerca de 500 mil agentes de segurança pública estarão mobilizados pelo país durante o período da votação neste domingo (02.out). O efetivo terá o reforço de viaturas, aeronaves, embarcações e até drones em algumas cidades. "Amanhã, nós teremos eleições seguras. Pode ir às urnas com tranquilidade para votar. O planejamento está muito bem feito. Os estados vão atuar em coordenação com o Ministério da Justiça, com as formas de segurança federais, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal. Está tudo programado", afirmou o ministro da Justiça Anderson Torres.
O monitoramento será em tempo real, tanto para ameaças de violência quanto para crimes eleitorais. Entre eles: transporte ilegal de eleitores, boca de urna, compra de votos e propaganda irregular. Ao todo, 34 pessoas foram presas, em flagrante, por crimes eleitorais.
Desde o início da campaha eleitoral, em agosto, R$ 3 milhões foram apreendidos, sendo R$ 1 milhão apenas nesta semana por ações da POlícia Rodoviária Federal. "É importante ressaltar que todas as apreensões foram dirigidas à Polícia Federal para instalação de inquérito, para lavratura de flagrante", disse Alfredo Coelho, secretário de Operações Integradas. As forças de segurança também estarão atentas às localidades que adotaram a Lei Seca nesta eleição. Pelo menos nove estados já confirmaram a proibição da venda de bebidas alcóolicas durante o período eleitoral.
Antes da montagem das urnas, foi checado se cada uma veio com um lacre que demonstra que não houve tentativa de violação. Em alguns estados, os equipamentos foram transportados de ônibus e até de barco para regiões de difícil acesso. A distribuição contou com reforço das forças armadas e das polícias locais.
Ainda em preparação para os ajustes finais das eleições, o Tribunal Superior Eleitoral realizou a emissão da chamada zéresima do sistema de totalização --- um relatório impresso mostrando que não há nenhum voto para presidente computado no sistema, usado para fazer a soma dos votos. O evento, por sua vez, foi acompanhado por representantes de vários órgãos. Entre eles, TCU, CGU, Polícia Federal e Forças Armadas. Um procedimento parecido também é feito pelos Tribunais Regionais Eleitorais para os demais cargos em disputa.
Além disso, neste domingo, o presidente de cada seção eleitoral imprime a zéresima de cada urna, uma hora antes da eleição começar, para verificar se não existe nenhum voto registrado. O processo é acompanhado por fiscais de partidos e os demais mesários, que assinam um documento. Alguns dos equipamentos usados nas eleições são sorteados para passar por nova auditoria, desta vez por meio do chamado teste de integridade. "O teste de integridade é uma votação pública, aberta e auditada, realizada em urnas já prontas para eleição em processo filmado. Votos em papel são digitados na urna, contados e o resultado comparado a totalização da urna", destacou Roberval Belinati, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal.
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