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Brasil vai às urnas na mais polarizada eleição desde a redemocratização

Lula e Bolsonaro são protagonistas de uma campanha marcada por ataques ao processo eleitoral

Brasil vai às urnas na mais polarizada eleição desde a redemocratização
urnas eletrônicas
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É uma eleição superlativa, não apenas pelos números, mas principamente pela polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) e pelos ataques ao sistema eleitoral: 156 milhões de brasileiros estão aptos a votar neste domingo (2.out), um aumento de mais de 6% em relação ao registrado há quatro anos, com recorde de inscrição de jovens de 16 e 17 anos e de eleitores no exterior; 27.174 candidatos concorrem aos cargos de presidente, governador, senador e deputados federal e estadual -- em Brasília, distrital. Distribuídas pelo país, 2.637 zonas eleitorais, 496.856 seções e 577.125 urnas.

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Para além dos números, a corrida do Planalto foi marcada até aqui por uma guerra iniciada pelo atual presidente contra a Justiça Eleitoral e contra as urnas eletrônicas. Lula e Bolsonaro são os favoritos em uma disputa que pode terminar hoje mesmo, em caso de maioria dos votos válidos por parte do petista. Os dois adversários chegam ao primeiro turno depois de campanha virulenta. Na corrida pela Presidência ainda há outros nove candidatos, que, em caso de segundo turno, serão procurados pelos primeiros colocados.

Perfil do eleitor

Entre os eleitores, a maior parte é mulher, mora no Sudeste do País e tem ensino médio completo. O estado de São Paulo é o maior colégio eleitoral do Brasil, com 22,16% de todos os eleitores (34.667.793). Na sequência aparecem os estados de Minas Gerais, com 10,41% dos eleitores (16.290.870), e o Rio de Janeiro, com 8,2% (12.827.300). A eleição deste domingo conta com recorde também em relação ao crescimento de jovens votantes. Nas eleições deste ano, 2,1 milhões com 16 e 17 anos poderão votar. Em 2018, eram 1,4 milhão nessa faixa etária. O eleitorado acima de 70 anos também cresceu. O salto foi de quase 24%: de 12 milhões em 2018 para 14,8 milhões em 2022.

Voto feminino

Cerca de 82 milhões (82.373.164) de eleitores estão aptos a votar. As mulheres representam 53% do total de brasileiros cadastrados. Os homens somam mais de 74 milhões (74.044.065), 47% do eleitorado nacional. Desde 2002, o número de mulheres registradas como eleitoras supera o de homens; elas são maioria em todas as faixas etárias, inclusive entre 16 e 17 anos, quando o voto é facultativo. Segundo o TSE, a maior parte das eleitoras brasileiras (5,33%) tem de 35 a 39 anos, seguida das mulheres com idade entre 40 e 44 anos (5,32%). A faixa etária de 25 a 29 anos soma 5,2%.

Eleitores no exterior

Neste ano 697 mil (697.078) brasileiros com domicílio eleitoral no exterior estão aptos a votar exclusivamente para os cargos de presidente e vice-presidente da República. De acordo com o TSE, o número é 39,21% maior que o da última eleição, em 2018, quando ultrapassou 500 mil. Lisboa é a cidade com maior quantidade de brasileiros habilitados a votar, com 45,2 mil eleitores. Em seguida aparecem Miami e Boston, ambas nos Estados Unidos, com 40,1 mil e 37,1 mil eleitores, respectivamente. 

O horário da votação no exterior deve estar em sincronia com o horário da votação no Brasil, que será unificado em todo país: das 8h às 17h, pelo horário de Brasília. 

Nome social

Também nesta eleição, 37.646 votantes terão o nome social no título de eleitor, segundo o TSE. A inclusão do nome pelo qual o eleitor prefere ser designado é um direito de transgêneros, transexuais e travestis desde 2018. Esta é a terceira eleição na qual a Justiça Eleitoral garante que pessoas transgênero, transexuais e travestis tenham o nome (como preferem ser chamados) impresso no título de eleitor e no caderno de votação.

Em 2022 são 29.701 pessoas a mais do que nas eleições gerais de 2018, quando 7.945 eleitoras e eleitores solicitaram à Justiça Eleitoral a inclusão do nome social no cadastro. O número deste ano equivale a um aumento de 373,83% em relação a quatro anos atrás, quando a medida foi autorizada pelo TSE.

Escolaridade

A maioria do eleitorado brasileiro tem ensino médio completo. São 41.161.552 eleitoras e eleitores, o equivalente a 26,31% das pessoas aptas a votar nas Eleições 2022. Já as pessoas com ensino médio incompleto equivalem a 16,65% do eleitorado (26.049.309). A análise da escolaridade dos votantes brasileiros aponta que 10,95% (17.127.128) declararam ter o ensino superior completo. Outros 5,38% (8.409.644) afirmaram que não terminaram a graduação.

Os eleitores com ensino fundamental incompleto somam 22,97% de todo o eleitorado (35.930.401), nos pleitos de 2014 e 2018, eles representavam a maior fatia do eleitorado. 

Já os votantes com ensino fundamental completo somam 6,25% do total (10.197.034), os eleitores que sabem ler e escrever equivalem a 7,16% do total (11.206.893), enquanto os analfabetos somam 4,05% (6.339.894).

Por Rafaela Vivas, Bruna Yamaguti e Leonardo Cavalcanti

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