Tribunal Superior Eleitoral apresenta Sala de Totalização de Votos

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou que o espaço onde é feita a totalização de votos, na sede do TSE, não é "nem sala secreta nem sala escura". Segundo o magistrado, o local é "claro" e estará aberto a todas as entidades, partidos políticos e outras instituições que se inscreveram para acompanhar o processo de apuração.

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A declaração de Moraes foi feita nesta 4ª feira (28.set), quando recebeu representantes de entidades fiscalizadoras, de partidos, missões de observadores nacionais e internacionais para apresentar a Sala de Totalização de Votos, instalada no Tribunal Superior Eleitoral.

O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e representantes das campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), entre outras instituições, também participaram da visita.

"Essa sala, é importante que se coloque, ela não conta votos. Não há contagem manual de votos. A partir do momento que cada urna eletrônica é finalizada, já sai um boletim de urna com os votos. Isso entra no sistema e esse sistema faz a totalização", afirmou Moraes.

"Não há participação humana nisso. A sala de totalização também serve para evitar algum problema na rede, para evitar que haja sobrecarga. Então os técnicos acompanham com total fiscalização. A apuração é transparente, a apuração é auditável, e a apuração é fiscalizada por todos aqueles que estão inscritos", complementou o presidente do TSE.

Segundo o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Júlio Valente, a sala de totalização ficará aberta, no domingo, dia 2 de outubro, às entidades e instituições fiscalizadoras e aos representantes dos partidos políticos, para acompanhamento da apuração.

Observatórios

Integrante da missão de observação eleitoral da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), a advogada Daniela Teixeira afirmou ao SBT News que a visita demonstra a transparência e credibilidade do processo eleitoral brasileiro.

A jurista manifestou, no entanto, preocupação com a possibilidade de que mesários façam intervenções indevidas no dia da votação. Segundo Teixeira, chama atenção o número de voluntários inscritos para a função. "Um mesário mal intencionado pode atrapalhar o andamento da eleição. A questão da identificação do eleitor, ou de impugnar tudo que acontecer", disse.

Apesar disso, Teixeira afirma que há confiança no trabalho dos juízes eleitorais, para coibir condutas inadequadas e garantir a normalidade no pleito. "São juízes da nossa Justiça, Poder Judiciário, concursados. Juízes que estão momentaneamente emprestados para a Justiça Eleitoral. Então acho que os juízes eleitorais vão resolver tudo de forma rápida, e a eleição tem tudo para transcorrer sem nenhum tipo de problema", finalizou.