Centrais sindicais pedem que TSE suspenda clubes de tiro durante eleições
Representantes alegam aumento nos casos de violência política e ameaça à segurança
Os representantes de seis centrais sindicais entregaram, na 3ª feira (27.set), uma proposta ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, envolvendo a segurança dos brasileiros durante as eleições. Entre os pedidos está a suspensão do porte de armas, bem como das atividades dos clubes de tiro no mínimo três dias antes e depois do primeiro e segundo turno.
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O documento é assinado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). No texto, as entidades alegam a alta dos casos de violência política no Brasil, que, até junho, aumentaram 335% em relação ao ano anterior.
"A tensão sobre o processo eleitoral está expressa na violência perpetrada contra eleitores, algumas vezes ocorrendo assassinatos, a agressão a jornalistas, aos trabalhadores dos institutos de pesquisa, aos militantes e ativistas. É dramático termos que enfrentar esse tipo de regressão no padrão das relações políticas, quando concebemos que o respeito e a tolerância são bases para o exercício livre do direito de opinião e de escolha pelo voto."
Além da suspensão do porte de armas, as centrais pedem o reforço de segurança para os brasileiros que trabalham nas zonas de votação, a manutenção de plantão dos órgãos que podem dar suporte ao combate à violência e a criação de um canal ao qual a população possa recorrer para denúncia de casos. As entidades reforçam ainda que é preciso planejar um esquema de segurança pós eleições, quando novos casos de violência podem acontecer.
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Confira todas as solicitações feitas:
- Reforço especial no sistema de segurança para todos os que trabalham nas regiões/zonas de votação (servidores e mesários) e aos próprios eleitores;
- Mobilização de todo o aparato de segurança (nacional, estadual e municipal) em torno de um plano de proteção e segurança;
- Manutenção de plantão dos órgãos que podem dar suporte ao combate à violência, o monitoramento da situação e dos casos de violência, e que sejam céleres em adotar medidas para punir os casos ocorridos;
- Suspensão do porte de trânsito de armas para todos os civis que não participem do sistema de segurança das eleições, bem como suspender as atividades dos Clubes de Tiro, de reuniões, treinamento e competição de tiro no mínimo 3 dias antes e depois do 1º e 2º turnos das eleições;
- Criação de um canal ao qual a população possa recorrer para denúncia de casos de violência.