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Eleições

Embaixadas em Brasília definem protocolo de segurança para as eleições

Diplomatas montam cenários entre a normalidade e violência que, no limite, incluem até cortes de energia

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embaixadas montam planos de contingência
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A partir de planos de contingência onde são estabelecidos vários cenários, as embaixadas em Brasília revelam o grau de eventual tensão no próximo 2 de outubro, dia do primeiro turno das eleições gerais no Brasil.

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Apesar da previsão mais otimista ser de uma eleição sem episódios de radicalismo e violência, os diplomatas sempre trabalham com protocolos de segurança. No limite, há uma preparação para manifestações agressivas nas ruas, cortes de energia elétrica e de internet.

Uma reportagem do The Washington Post, publicada na 3ª feira (27.set), trouxe a análise de especialistas sobre a diferença da campanha eleitoral de 2022 em relação a pleitos anteriores. Para eles, "os favoritos no primeiro turno de domingo -- Bolsonaro, o titular de direita, e Lula, o ex-presidente de esquerda -- são as figuras mais polarizadoras da política brasileira. O voto foi lançado como uma disputa existencial entre autoritarismo versus democracia. Agora são os apoiadores dos candidatos que estão se atacando, criando uma nova atmosfera de medo", afirmam.

O texto traz ainda alguns casos considerados de violência por motivos políticos, como também mostrou o SBT News. Uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública -- também citada pelo The Washington Post -- revela que 45,2% dos entrevistados responderam que têm medo de serem ameaçados pela sua escolha política ou partidária. 

O cientista político André Rosa afirma que "a polarização é apenas um incentivo a guerra de narrativas dos dois principais candidatos, ancorada no alinhamento ideológico entre político e eleitor, o que acirra ainda mais as ações emocionais e consequentemente, à violência", avalia.

De maneira geral, os últimos informes das embaixadas para os países-sede mostram o cenário de normalidade ao longo das 48 horas antes e depois das eleições. Mas a atenção para uma eventual tensão levou as principais embaixadas sediadas em Brasília a montarem plantões especiais para repassar comunicados minuto a minuto para os países-sede.

Na 3ª feira (27.set), a secretária de impresa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou que "os Estados Unidos, como parceiros da democracia, continuaremos acompanhando as eleições com a plena expectativa de que sejam conduzidas de forma livre, justa, transparente e credível, com todas as instituições relevantes operando em acordo".

E finalizou dizendo que os Estados Unidos viram os "relatos recentes de violência no Brasil e, embora o direito ao protesto seja fundamental em qualquer democracia, condenam qualquer violência e exortam os brasileiros a fazerem ouvir suas vozes de forma pacífica", concluiu.

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