Oito candidatos participam do debate do SBT no Rio Grande do Sul
Postulantes detalharam propostas sobre combate à fome, cultura, saúde, segurança, entre outros temas
A 15 dias da realização do primeiro turno, os oito principais concorrentes ao cargo de governador do Rio Grande do Sul participaram do debate promovido pelo SBT, realizado nesta sábado (17.set). Estiveram presentes Edegar Pretto (PT), Eduardo Leite (PSDB), Luis Carlos Heinze (PP), Onyx Lorenzoni (PL), Ricardo Jobim (Novo), Roberto Argenta (PSC), Vicente Bogo (PSB) e Vieira da Cunha (PDT).
O debate deste sábado (17) foi dividido em quatro blocos:
O primeiro bloco foi de perguntas entre candidatos.
O segundo bloco teve perguntas de jornalistas do SBT. Gabriela Lerina, Glauco Pasa, Luciane Kohlmann e Marcelo Chemale questionaram os oito candidatos sobre combate à fome, investimentos em cultura, saúde, segurança pública, concessões das rodovias à iniciativa privada, violência de gênero, planos para desenvolvimento da agricultura gaúcha e educação.
O terceiro bloco foi novamente de questionamentos entre os participantes.
O último bloco foi reservado para as considerações finais de cada candidato.
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Propostas
Sobre o combate à fome, Edegar Pretto (PT) lembrou sobre um projeto protocolado pela bancada do PT na Assembleia Legislativa para criar o Auxílio Emergencial Gaúcho. "No governo que eu vou constituir, se eu tiver a honra de ser governador, nenhum pai e nenhuma mãe vão dormir de noite preocupados se seus filhos terão comida no dia seguinte. Vou coordenar uma frente de combate à fome e à pobreza absoluta", explicou.
Eduardo Leite (PSDB), ao comentar a respeita da fila de pessoas na espera de atendimentos na saúde pública, relembrou o programa "Cirurgia Mais", criado em seu governo. "Além de contratar 37 mil cirurgias excepcionalmente para além daquelas que já são contratadas pelo governo, nós temos uma contratação extra, e nós vamos ampliar esse programa para poder reduzir essas filas", disse.
Luis Carlos Heinze (PP) defendeu a agricultura gaúcha e a permanência das famílias na área rural. "[Nosso governo vai] fazer com que os filhos dos produtores rurais possam ter orgulho e vontade de ficar no campo. Fazendo investimento em inovação, levando o 5G, levando a internet que é fundamental para que o jovem permaneça e goste do campo".
Onyx Lorenzoni (PL) afirmou que vai investir na cultura e na preservação da tradição do Rio Grande do Sul. "Vai haver uma Secretaria Extraordinária Especial ligada ao gabinete do governador para fazer com que o Movimento Tradicionalista Gaúcho possa desenvolver os nossos CTGs [Centro de Tradições Gaúchas] e nossas pistas de rodeio. Dar condição de crescimento e de geração de empregos ao setor. Essa secretaria terá um orçamento de 25 milhões por ano", argumentou.
Ricardo Jobim (Novo) reforçou que é a favor das privatizações em diversos campos, incluindo a Companhia Riograndense de Saneamento e o Banrisul. Sobre as concessões em rodovias estaduais, disse que "privatizar não quer dizer simplesmente se desfazer da máquina pública. Sem diálogo não há como a gente conseguir melhorar o serviço público."
Roberto Argenta (PSC) afirmou que conseguirá mais dinheiro para investimento em saúde, reduzindo os gastos públicos em outras áreas. "Nós vamos criar o programa Desperdício Zero. Existem centenas de imóveis do estado que não estão sendo usados. Isso é despesa. O dinheiro público tem que ser rigorosamente bem cuidado".
Vicente Bogo (PSB), ao falar sobre combate às organizações criminosas, afimou que é preciso "encontrar uma solução para aqueles que estão no sistema prisional. É importante fazer um programa de ressocialização e de recuperação daqueles que transgrediram para que ao retornarem ao convívio da sociedade sejam produtivos".
Vieira da Cunha (PDT), sobre a fome entre as famílias gaúchas, defendeu a criação dos CIEPS (Centros Integrados de Educação Pública) "porque tem crianças passando fome aqui no RS e o CIEP é essa escola em que a criança fica todo dia e que tem 3 refeições diárias. Os pais podem trabalhar sabendo que seu filho vai estar lá muito bem cuidado".
Preparação
O debate gaúcho envolveu 50 pessoas, entre técnicos e jornalistas e foi um dos maiores já promovidos pelo SBT do Rio Grande do Sul. "Tivemos um debate com cordialidade entre os candidatos e com discussão de temas importantes para a sociedade gaúcha. Acredito que, tão perto do pleito, as ideias e projetos abordados nessa noite vão ajudar os eleitores em sua escolha", avalia o editor-regional Israel Fritsch.