"Eleições no Brasil serão monitoradas", diz porta-voz da Casa Branca
Karine Jean-Pierre afirmou que expectativas apontam para um processo livre e com credibilidade
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou, na 4ª feira (7.set), que os Estados Unidos irão monitorar "com grande interesse" as eleições no Brasil. Segundo ela, apesar dos recentes questionamentos, o país acredita que o processo eleitoral deste ano será conduzido como de costume, com transparência, auxílio de instituições democráticas e altos níveis de participação dos eleitores.
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"Como uma democrática parceira do Brasil, os EUA acompanharão as eleições de outubro com grande interesse e, como acabo de dizer, iremos monitorá-las com a expectativa de que serão conduzidas de maneira justa, livre e com credibilidade, com todas as instituições relevantes atuando de acordo com seu papel constitucional. Mas, novamente, vamos apenas monitorá-las", disse Jean-Pierre.
A declaração acontece dois meses após a visita de uma comitiva brasileira a Washington, que alertou sobre supostas ameaças ao processo eleitoral. A iniciativa fez com que deputados norte-americanos propusessem uma emenda ao Orçamento de Defesa para pressionar as Forças Armadas brasileiras a não interferirem nas eleições. No texto, fica imposto que o país não ajudará mais na segurança brasileira caso seja identificado interferência ou golpe de Estado.
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Poucos dias antes da decisão, o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, disse que a população está dividida no cenário político, o que pode resultar em um episódio "ainda mais grave" do que o Capitólio, em 2021. A fala fez referência à invasão de um dos principais símbolos do Poder dos EUA em resposta à derrota de Donald Trump. No ato, os manifestantes destruíram objetivos e ameaçaram trabalhadores.