Soraya Thronicke vai acionar Justiça contra Bolsonaro por participação em atos
Segundo campanha da parlamentar, candidato cometeu abuso de poder político e econômico
A campanha da senadora e candidata a presidente da República pelo União Brasil, Soraya Thronicke (MS), vai protocolar uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) no TSE contra a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição, devido à forma como o chefe do Executivo federal se envolveu nos atos do 7 de Setembro em Brasília e no Rio de Janeiro. A ação dirá que o candidato cometeu abuso de poder político e econômico, e pedirá, entre outras coisas, corte do tempo de TV e rádio dele na propaganda eleitoral. Será solicitada a redistribuição do tempo entre os demais presidenciáveis.
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Além da Aije, a campanha de Soraya protocolará na Corte eleitoral uma representação por conduta vedada (uso de bem público), contra Bolsonaro; nas agendas do presidente na capital federal e no Rio, "ficou evidente", conforme comunicado da equipe da parlamentar, que Bolsonaro "se utilizou de todo o aparato estatal, da estrutura que lhe é disponibilizada pela União, para se autopromover como candidato, para fim eleitoral - confrontando, assim, a legislação eleitoral vigente".
A campanha da senadora e candidata a presidente pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Simone Tebet (MS), disse que o União Brasil e a Rede Sustentabilidade ingressaram no TSE com ação contra Bolsonaro "por uso da máquina e discurso político nos atos públicos do Dia da Independência do Brasil", e que concorda com o posicionamento das legendas. "A ação já está tramitando. O dever de casa já foi feito, como eu fiz quando entrei com ação contra a propaganda de Bolsonaro que usa sua mulher Michelle. Ganhamos a ação. A Justiça tem que ser acionada. Agora, vamos aguardar a deliberação do TSE", completou.
Mais cedo, em vídeo publicado em seu canal no YouTube, o presidenciável do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Ciro Gomes, disse que sua campanha entraria com uma representação contra Bolsonaro no TSE por causa da forma como se envolveu no ato cívico-militar em Brasília, na manhã desta 4ª feira. Falando sobre o 7 de Setembro, na gravação, Ciro atacou o presidente da República: "Aliviado porque nenhum brasileiro foi assassinado hoje, aliviado porque nós temíamos que a irresponsabilidade do Bolsonaro pudesse acender um rastilho de agressão, de radicalismo que descambasse para a violência, mas completamente frustrados, decepcionados, humilhados de assistir aos 200 anos da independência do Brasil liderados por esse espetáculo de vulgaridade, de promiscuidade, de uso despudorado do dinheiro do povo que falta para tantos brasileiros famintos, para fazer comício envolvendo todas as estruturas, inclusive da opinião pública internacional. Isso é uma vergonha muito grande".
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