Fiesp publica comunicado em defesa da liberdade de expressão
Federação das indústrias se posicionou após pressão por operação da PF contra empresários bolsonaristas
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Após pressão para posicionamento pela operação da Polícia Federal (PF) contra empresários bolsonaristas, a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) divulgou uma nota em defesa da liberdade de expressão e de opinião. O comunicado, compartilhado nesta 5ª feira (25.ago), também afirma que a federação defende o Estado Democrático de Direito.
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A Fiesp coloca como "valores inegociáveis" a liberdade de expressão e de opinião. Há, ainda, uma citação para que a imprensa seja livre. Veja o comunicado compartilhado:
"Na defesa do Estado Democrático de Direito feita pela FIESP e outras entidades, está implícita, obviamente, a defesa de todos os seus pilares, o que inclui a liberdade de expressão e de opinião e imprensa livre. Esses são valores inegociáveis".
O posicionamento vem um dia após uma declaração pública do presidente Jair Bolsonaro (PL) a respeito da operação da PF. Na 4ª, Bolsonaro ironizou a ação da Polícia Federal, questionando: "Cadê o pessoal da cartinha?", em referência aos documentos em defesa da democracia.
No período em que os posicionamentos foram divulgados, a Fiesp redigiu uma carta própria, em defesa do Estado Democrático de Direito.
Operação da PF
A operação da Polícia Federal foi realizada na 3ª feira (23.ago), e foi acionada contra oito empresários aliados de Jair Bolsonaro que, em um grupo do WhatsApp, defenderam um golpe, caso o ex-presidente Lula (PT) vença as próximas eleições.
Também nesta 5ª feira (25.ago) a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul - FIERGS, manifestou publicamente a preocupação pela reação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra o grupo de empresários apoiadores de Bolsonaro.
Em nota a entidade avalia que a decisão do magistrado, de busca e apreensão em endereços ligados aos empresários e a quebra de sigilo, não encontram abrigo no princípio da razoabilidade.
A FIERGS diz ainda que "tem convicção de que os exageros serão corrigidos e cessados, e o Brasil, poderá, assim, retomar a harmonia entre os Poderes Constituídos e a conciliação das instituições com os objetivos maiores da Nação, especialmente neste ano em que celebramos o regime democrático através das eleições", diz a nota.