"Doria nunca foi adversário. Sempre foi aliado", diz Tebet
João Doria desistiu nesta 2ª feira de concorrer à Presidência da República
A senadora Simone Tebet (MDB-SP) afirmou nesta 2ª feira (23.maio) que irá aguardar a decisão dos partidos da terceira via sobre o nome que irá disputar o Palácio do Planalto. Mais cedo, o ex-governador de São Paulo João Doria anunciou sua desistência de concorrer à Presidência da República.
"Doria nunca foi adversário. Sempre foi aliado. Sua contribuição com a luta pela vacina jamais será esquecida. Vamos conversar e receber suas sugestões para nosso programa de governo. O Brasil é maior do que qualquer projeto individual. Vamos trabalhar para unir todo o centro democrático. Gostaria muito de ter o PSDB e o Cidadania junto conosco. Vamos aguardar a decisão das direções partidárias. Vamos continuar nossa Caminhada da Esperança. Vamos unir o país e tratar de sua reconstrução moral, institucional e política. O povo tem pressa e precisamos semear esperança", destacou Tebet em comunicado.
Agora, PSDB, MDB e Cidadania precisam oficializar o nome para o pleito de outubro. O grupo buscava definir quem seguiria na disputa: Tebet ou Doria. Questionado se o nome escolhido pelo centro democrático será o da parlamentar, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, afirmou nesta 2ª feira que, agora, as siglas dão "um passo a frente".
A polêmica dentro do PSDB em relação ao ex-governador de São Paulo se intensificou no último dia 14. Em carta enviada a Bruno Araújo, Doria disse que as "pesquisas de opinião" não poderiam "servir para guiar os destinos do partido na eleição". "Como se sabe, as pesquisas de opinião refletem o momento e assim, como não podem servir de guia único para o voto do eleitor, muito menos podem servir para guiar os destinos do partido na eleição", declarou no documento.
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Em outro trecho da carta, o ex-governador fala em "tentativas de golpe". "Qual não foi a nossa surpresa ao saber que, apesar de termos vencido legitimamente as prévias, as tentativas de golpe continuaram acontecendo. As desculpas para isso são as mais estapafúrdias como, por exemplo, a de que estaríamos mal colocados nas pesquisas de opinião pública e com altos índices de rejeição, cinco meses antes do pleito", ressaltou.