Desistências e federações alteram cenário de palanques para presidenciáveis
PL e União Brasil são as siglas com mais pré-candidatos a governador até agora
SBT News
Desistências, formação de federação, trocas de partido e novos anúncios alteraram o cenário de pré-candidaturas a governador e palanques estaduais para os pré-candidatos à Presidência da República nas últimas semanas. Após Roberto Requião (PT) e Marília Arraes (Solidariedade) se apresentarem como pré-candidatos aos governos do Paraná e Pernambuco, respectivamente, o ex-presidente Lula (PT) caminha para ter pelo menos 15 palanques, sem contar repetições de estados: em São Paulo, por exemplo, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e o ex-governador Márcio França (PSB) darão apoio. Já do lado do presidente Jair Bolsonaro (PL), se não houver modificações nos próximos meses, serão ao menos 16.
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O número de palanques de Lula deverá subir para 18 se confirmada a formação de federação entre PSOL e Rede, a aliança do PT com o primeiro partido e a federação PT/PCdoB/PV. Atualmente, um dos pré-candidatos a governador que apoia o petista para presidente da República é o senador Veneziano Vital do Rêgo, do MDB, na Paraíba. Seu partido tem oito políticos apontados como futuros candidatos a governos no pleito deste ano e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) como presidenciável. Porém, no Rio Grande do Sul, onde o diretório escolheu o deputado estadual Gabriel Souza, o secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos de Porto Alegre, Cezar Augusto Schirmer, criticou o fato de a decisão ser apenas do MDB-RS e colocou seu próprio nome como pré-candidato também.
Além disso, o MDB pretende anunciar em 1º de junho, junto ao PSDB e União Brasil, uma candidatura única à Presidência da República, que pode ser também o ex-governador de São Paulo, João Doria, atual presidenciável tucano. No presente cenário, Doria tem pelo menos nove palanques, com o anúncio do senador Alessandro Vieira para Sergipe e a federação PSDB/Cidadania, que garante Washington Bonfim no Piauí. A última sigla perdeu os pré-candidatos David Hall, no Acre, Leila Barros, no Distrito Federal, e João Azevêdo, na Paraíba, por causa da confirmação da federação; os três políticos deixaram o Cidadania.
O União Brasil, que poderá anunciar um nome próprio para concorrer à Presidência da República, é o segundo partido com mais pré-candidatos a governador (10), por enquanto, mas poderá chegar a um número ainda maior de 14 pré-candidatos. Até o momento, estão confirmados os seguintes nomes: ACM Neto na Bahia, Ronaldo Caiado em Goiás, Miguel Coelho em Pernambuco, Rose Modesto em Mato Grosso do Sul, Capitão Wagner no Ceará, Marcos Rocha em Rondônia, Felipe Rigoni no Espírito Santo, Sílvio Mendes no Piauí, Reguffe no Distrito Federal e Gean Loureiro em Santa Catarina.
O ex-governador do Ceará Ciro Gomes, pré-candidato a presidente pelo PDT, tem ao menos nove palanques. André Janones (Avante) e Léo Péricles (Unidade Popular), por sua vez, não possuem nenhum até o momento, enquanto Pablo Marçal (Pros) tem um, Felipe d'Avila (Novo) -- que defende aglutinação de candidaturas ao Planalto -- tem quatro, Eymael (Democracia Cristã), três, Vera Lúcia (PSTU), dois, e Sofia Manzano (PCB), cinco. O Partido Social Democrático (PSD), que tem pelo menos seis pré-candidatos a governador, conta com lideranças defendendo uma candidatura da legenda na disputa pelo Palácio do Planalto; o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) era o presidenciável, mas desistiu. Na 2ª feira (28.mar), Gilberto Kassab afirmou que, mesmo com a recusa de Eduardo Leite (PSDB) de concorrer pela sigla ao Executivo federal, o PSD terá uma "candidatura própria" à Presidência da República em 2022.
O Podemos (PODE), que possuía o ex-juiz Sergio Moro como presidenciável, mas o viu ir para o União Brasil e retirar a pré-candidatura, pode apresentar um nome no lugar: segundo a Executiva Nacional, o PODE seguirá focado "para apresentar aos brasileiros e brasileiras uma alternativa que olhe nos olhos sem titubear". Se o substituto de Moro for confirmado, terá três palanques: Léo Moraes, em Rondônia, Fabricio Oliveira, em Santa Catarina, e Ronaldo Dimas, no Tocantins.
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