Taxa de ocupação de leitos de UTI em São Paulo ultrapassa 50% pela primeira vez em três meses
Índice ficou em 51% nesta segunda-feira, dia 23, segundo a prefeitura
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A ocupação de leitos de UTI na cidade de São Paulo ultrapassou 50% pela primeira vez desde o início de agosto, quando a capital paulista ainda vivia o auge da pandemia causada pelo coronavírus. De acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de São Paulo nesta segunda-feira, dia 23, o índice chegou a 51%. O pico de ocupação dos leitos de UTI na capital paulista ocorreu entre os meses de março e abril, quando 80% das vagas estavam ocupadas.
De acordo com o secretário municipal de saúde, Edson Aparecido, a alta na procura vem sendo notada nos últimos dias, por isso, a prefeitura contratou mais 200 leitos de UTI para Covid-19 na semana passada. "Não estamos vivendo uma segunda onda. Na verdade, nem saímos da primeira onda", disse ao SBT News.
Para o infectologista Bruno Scarpellini, porém, a situação é preocupante e caracteriza sim uma segunda escalada da doença na capital paulista. "Estamos caminhando para uma possibilidade de lockdown no Rio e em São Paulo nos primeiros meses do ano", diz. O alerta, segundo o especialista, é que em comparação aos países europeus, que também vivem um aumento no número de casos registrados, o Brasil não está na época do ápice das doenças respiratórias, que surge nos meses de outono e inverno.
O aumento do número de casos tem suscitado discussões políticas em plena campanha de segundo turno para as eleições municipais nas duas principais cidades do país. Em São Paulo, o prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), tem negado a necessidade de restringir a circulação de pessoas na capital, como ocorreu nos primeiros meses da pandemia. Está previsto para o dia 30 de novembro uma nova atualização do Plano São Paulo, parâmetro usado pelo governo estadual para definir o grau de isolamento social nas cidades de acordo com a situação epidemiológica em cada região. Um dos critérios para a capital retroceder da fase verde em que está atualmente é a ocupação dos leitos de UTI ultrapassar 70%.
Veja no gráfico abaixo a evolução dos casos confirmados de Covid-19 na capital paulista nos primeiros 18 dias de cada mês.
De acordo com o secretário municipal de saúde, Edson Aparecido, a alta na procura vem sendo notada nos últimos dias, por isso, a prefeitura contratou mais 200 leitos de UTI para Covid-19 na semana passada. "Não estamos vivendo uma segunda onda. Na verdade, nem saímos da primeira onda", disse ao SBT News.
Para o infectologista Bruno Scarpellini, porém, a situação é preocupante e caracteriza sim uma segunda escalada da doença na capital paulista. "Estamos caminhando para uma possibilidade de lockdown no Rio e em São Paulo nos primeiros meses do ano", diz. O alerta, segundo o especialista, é que em comparação aos países europeus, que também vivem um aumento no número de casos registrados, o Brasil não está na época do ápice das doenças respiratórias, que surge nos meses de outono e inverno.
O aumento do número de casos tem suscitado discussões políticas em plena campanha de segundo turno para as eleições municipais nas duas principais cidades do país. Em São Paulo, o prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), tem negado a necessidade de restringir a circulação de pessoas na capital, como ocorreu nos primeiros meses da pandemia. Está previsto para o dia 30 de novembro uma nova atualização do Plano São Paulo, parâmetro usado pelo governo estadual para definir o grau de isolamento social nas cidades de acordo com a situação epidemiológica em cada região. Um dos critérios para a capital retroceder da fase verde em que está atualmente é a ocupação dos leitos de UTI ultrapassar 70%.
Veja no gráfico abaixo a evolução dos casos confirmados de Covid-19 na capital paulista nos primeiros 18 dias de cada mês.
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