Vendas de Páscoa devem movimentar R$ 3,4 bilhões em 2024, projeta CNC
SP e MG concentrarão maior parte das compras; produtos típicos devem ter menor alta do preço médio desde 2020
Camila Stucaluc
Como de costume, as vendas de Páscoa devem movimentar a economia brasileira. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a projeção para este ano é que o faturamento ultrapasse R$ 3,4 bilhões, cifra 4,5% superior à do ao ano passado – quando foram registrados R$ 3,2 bilhões.
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São Paulo deve concentrar a maioria das vendas (51%), com um volume esperado de R$ 945 milhões. Em seguida, estão os estados de Minas Gerais, com R$ 352 milhões, e Rio de Janeiro, com R$ 243 milhões. A região Sul também se destaca, com R$ 194 milhões no Rio Grande do Sul, R$ 190 milhões no Paraná e R$ 159 milhões em Santa Catarina.
"A Páscoa representa uma importante data para o varejo, um período de grande movimentação comercial e oportunidades de crescimento para o setor", diz o presidente da CNC, José Roberto Tadros. De acordo com ele, a projeção é que as importações de chocolates aumentem 21,4% durante o período, e a de bacalhau, 69,9%.
Esse é o quarto avanço anual das vendas de Páscoa, que ainda se insere no contexto de retomada do consumo pós-pandemia. Nesse sentido, o montante financeiro gerado deverá ficar 15,4% acima do volume observado na data em 2019 (R$ 2,98 bilhões).
Produtos típicos registram menor variação de preço
Além do chocolate e do bacalhau, a cesta típica de produtos da Páscoa deve ter a menor alta do preço médio em quatro anos. Puxado pela alta no preço do azeite de oliva (+45,7%), os itens relacionados à data deverão estar 5,2% mais caros que no mesmo período de 2023 – menor alta desde 2020 (+4,2%).
"Os produtos e serviços característicos dessa época não devem ter uma alta variação de preço em relação ao ano passado, com exceção do azeite, que já se encontra mais caro nas prateleiras dos supermercados e pode registrar aumento de 45,7% em 2024", destaca o economista responsável pela pesquisa, Fabio Bentes.