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Economia

Produção industrial do Brasil cresce 0,8% em agosto, mais do que o esperado após período de fraqueza

Esse foi o maior avanço mensal desde março, quando a produção das fábricas cresceu 1,7%; nos quatro meses seguintes, setor apresentou queda em três

Imagem da noticia Produção industrial do Brasil cresce 0,8% em agosto, mais do que o esperado após período de fraqueza
Indústria | Divulgação/Fernando Frazão/Agência Brasil
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A produção industrial brasileira cresceu 0,8% em agosto, mais do que o esperado para o mês, depois de quatro meses de fraqueza, mesmo com a entrada em vigor das tarifas dos Estados Unidos e em meio a um cenário de juros elevados no país.

O avanço de 0,8% em em relação ao mês anterior ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,3%.

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Esse foi o maior avanço mensal desde março, quando a produção das fábricas cresceu 1,7%. Nos quatro meses seguintes o setor apresentou queda da produção em três deles, sendo que em junho expandiu apenas 0,1%, e acumulou nesse período perda de 1,2%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa mostrou ainda que, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção teve recuo de 0,7%, contra expectativa de queda de 0,8%.

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De acordo com o gerente da pesquisa, André Macedo, a base de comparação depreciada é um fator importante para entender o resultado positivo na comparação com julho, bem como o perfil disseminado de taxas positivas.

O levantamento do IBGE mostrou que 16 das 25 atividades industriais pesquisadas tiveram aumento de produção no período, maior espalhamento também desde março deste ano.

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As influências positivas de maior destaque foram exercidas por produtos farmoquímicos e farmacêuticos (13,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,8%) e produtos alimentícios (1,3%).

Entre as nove atividades que apontaram queda na produção, produtos químicos exerceram o principal impacto, com queda de 1,6%, interrompendo três meses consecutivos de crescimento.

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Entre as categorias econômicas, três das quatro apresentaram expansão em agosto – bens intermediários (1,0%), bens de consumo semi e não duráveis (0,9%) e bens de consumo duráveis (0,6%). Bens de capital registraram recuo de 1,4%.

As tarifas norte-americanas sobre os produtos brasileiros entraram em vigor no início de agosto, embora analistas considerem que os impactos sobre a atividade econômica como um todo devam ser moderados.

Mas o setor industrial brasileiro, segundo economistas, tende a seguir mostrando falta de tração este ano diante dos efeitos da política monetária restritiva, com a taxa básica de juros Selic em 15%, que dificulta o crédito e afeta decisões de investimentos.

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