Ministério da Pesca e Apex firmam acordo para aumentar exportação do pescado brasileiro
Apesar do litoral e de grandes fontes de água doce, Brasil importa 60% dos produtos consumidos do setor
O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) assinaram, nesta quarta-feira (24) em Brasília, um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para ampliar a internacionalização do pescado brasileiro. Atualmente, o setor representa apenas 0,23% do montante de exportações mundiais.
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A cerimônia contou com a presença do ministro André de Paula e do presidente da Apex Brasil, Jorge Viana. O ACT terá foco na qualificação de empresas, inteligência de mercado e em proporcionar maior promoção comercial para potencializar a imagem da pesca brasileira no exterior.
Uma das estratégias para fomentar o mercado de pescado nacional é a diversificação das exportações e também o fortalecimento dos principais parceiros. Segundo o último balanço das vendas do setor para o exterior, 80% dos alimentos oriundos da pesca no Brasil foram para Estados Unidos (57%) e China (23%).
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Segundo o presidente da Apex, o Brasil possui enorme potencial para crescer no setor. Ele explicou que os pescados representam quase metade do comércio internacional de proteínas, mas o Brasil ainda participa de maneira tímida deste mercado.
“Enquanto nas exportações globais de carne bovina temos 18% do marketshare (quota de mercado), na suína 6% e nas aves 20%, quando chega na pesca, a participação é de 0,2%. Isso é um indicativo de que precisamos atuar fortemente neste mercado”, disse Viana.
O ministro André de Paula afirmou ter confiança no potencial da parceria com a Apex, e que não serão necessários novos recursos para alavancar a exportação de pescado. “Para ações como essa não precisamos necessariamente de recursos basta a gente se sentir desafiado e perseguir perseguir parcerias extraordinárias, como essa que nos oferece a Apex Brasil.”
Mercado interno prioriza importados
Mesmo com um dos maiores litorais do mundo e com diversas reservas de água doce, quase 60% do pescado consumido no Brasil é importado, vindo de países como Vietnã (24%), Portugal (21%), Argentina (17%) e Chile (16%). Os principais pescados consumidos são salmão e bacalhau.