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Economia

Balança comercial brasileira tem recorde de exportações em julho, mas fecha no menor superávit em 3 anos

Tarifaço de Trump fez produtores brasileiros anteciparem vendas; exportações aos EUA somaram US$ 23,719 bilhões, 4,2% acima do registrado em julho de 2024

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Balança comercial de julho registra menor superávit em três anos | Agência Brasil
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Mesmo antes da tarifa de 50% dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros entrar em vigor - o que começou a valer nesta quarta-feira (6) -, as ameaças de Donald Trump influenciaram o movimento de importações e exportações do Brasil. Dados da balança comercial de julho, divulgados hoje indicam que os produtores brasileiros correram para antecipar exportações para os Estados Unidos (EUA), fazendo as vendas saltarem 4,8%, somaram US$ 32,31 bilhões.

Por outro lado, o preço de diversas commodities e o aumento das importações fizeram a balança comercial registrar o superávit mais baixo para o mês de julho em três anos - US$ 36,98 bilhões. No mês, o país exportou US$ 7,07 bilhões a mais do que importou, queda de 6,3% em relação ao registrado no mesmo mês de 2024.

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EUA e China

Entre janeiro e julho, as exportações para os EUA somaram US$ 23,72 bilhões, alta de 4,2% ante o mesmo período de 2024. O valor representa recorde para o período e mostra que os americanos responderam por 12% das compras brasileiras nos primeiros sete meses do ano.

Enquanto isso, as importações da China para o Brasil cresceram 19,3% no período, somando US$ 42,18 bilhões. Parte desse aumento foi de carros elétricos, que têm imposto de importação menor. As exportações totais bateram recorde e somaram US$ 198,01 bilhões nos sete primeiros meses.

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Se comparado apenas o mês de julho/2025, as vendas para os EUA cresceram 3,8% (US$ 3,71 bilhões), enquanto as importações aumentaram 18,2%, atingindo US$ 4,27 bilhões. "Assim, a balança comercial com este parceiro comercial resultou num déficit de US$ -0,56 bilhões e a corrente de comércio registrou aumento de 11,0% alcançando US$ 7,98 bilhões", afirma o documento divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

Em relação aos setores e produtos, a expansão das exportações no geral (todos os parceiros comerciais) foi puxada, pelo crescimento nas vendas de frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (49,3%), café não torrado (25,4%) e soja ( 1,2%) na Agropecuária.

Na Indústria Extrativa, o impulso veio do cobre e seus concentrados ( 81,1%), outros minérios e concentrados dos metais de base ( 72,8%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( 8,1%).

Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (46,9%) também foram responsáveis pelo aumento das exportações brasileiras, assim como aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (168,9%) e ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) (87,3%) na Indústria de Transformação.

O MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) projeta superávit de US$ 50,4 bilhões para 2025, queda de 32% em relação ao ano anterior.

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