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Economia

Maioria dos industriais é favorável a adoção do 5G

CNI: 54% das empresas de pequeno, médio e grande porte não têm estudos para implantar a tecnologia

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60% dos industriais são favoráveis a adoção do 5G, diz CNI | Divulgação
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A maioria dos industriais brasileiros é favorável à adoção da tecnologia 5G nas empresas. O resultado consta de pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta 6ª(06.oct). 6 em cada 10 empresários industriais consideram importante adotar o 5G.  O levantamento foi elaborado pela FSB Comunicação a pedido da CNI.

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Importância na adoção do 5G | Pesquisa CNI/FSB 

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Apesar de reconhecer a relevância da rede para a competitividade, a maioria das empresas sequer discute a instalação da quinta geração de conectividade sem fio. Nada menos do que 54% das empresas ouvidas sequer discutem a instalação da rede. Veja no gráfico abaixo, elaborado pela confederação. 

Tecnologia 5G

As lideranças da CNI tratam a dubiedade do cenário com transparência. "A incorporação da tecnologia 5G tem um papel importante no desempenho industrial brasileiro, em especial no contexto de digitalização da produção, que chamamos de Indústria 4.0. Mais agilidade e eficiência nos sistemas de comunicação são traduzidas em ganhos de produtividade e em mais competitividade para a nossa economia", expõe o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. No desdobramento da avaliação da entidade, aparece a um tempo a constatação de que é necessário expandir a base para o avanço digital, e o reconhecimento de que as barreiras existem. 

" A expansão da infraestrutura digital é um alicerce para alavancar o desenvolvimento tecnológico do Brasil e a retomada da indústria" - Robson B. Andrade, pres. CNI

Os porquês

Ao tocar no aspecto do incremento à infraestrutura, a CNI responde também ao que pode,  a princípio, ser visto como uma contradição: a maioria dos empresários valoriza o 5G, mas passa da metade a parcela de representantes das fábricas que não tratam do tema do ponto de vista estratégico. Por que? "A falta de infraestrutura adequada na região em que a empresa opera, é a principal barreira externa. E o alto custo da implementação da rede é a principal barreira interna apontada pelas empresas", explica a gerente de política industrial da CNI, Samantha Cunha. Outro aspecto salientado no recorte do levantamento diz respeito a ação prática das companhias com vistas a incrementar a conectividade: entre as empresas que acham relevante adotar o 5G, 35% dizem discutir o tema, mas não têm plano organizado para implementação; outros 14% já têm um planejamento para aderir, e apenas 8% já instalaram a rede. Já entre todas as empresas ouvidas, apenas 6% têm o 5G instalado na empresa. A pesquisa ouviu 1.002 profissionais que lideram a área de tecnologia de empresas industriais de pequeno, médio e grande portes. 

 "De toda a mostra, quase a metade das empresas possuem pouco ou nenhum conhecimento sobre a capacidade da tecnologia 5G. E certamente essa 
é uma das razões pra baixa implementação verificada." - Samantha Cunha, CNI 

Características do 5G

A utilização de veículos autônomos, ampliação da Internet das Coisas e outros recursos disponibilizados pela tecnologia do 5G são claramente aspectos que interessam à atividade da indústria -- sem contar a busca por inovação. Maior velocidade, capacidade de conexão massiva de dispositivos e menor latência ( menos tempo de espera) são características dos recursos da tecnologia. Mesmo assim, quase a metade dos empresários ouvidos não conhece o 5G: 47% têm pouco ou nenhum conhecimento. Para a CNI, esse resultado é uma das razões para a baixa implementação da tecnologia nas organizações. Entre as empresas que não têm conhecimento algum, a pesquisa mostra que 79% não discutem o tema na empresa, e esse percentual cai para 43% entre as empresas que disseram ter conhecimento. "A expansão da rede pública, novos modelos de negócios das operadoras e o aumento do conhecimento empresarial a respeito da nova tecnologia serão fundamentais para adoção da nova rede", completa Samantha Cunha.

Em tempo

Do ponto de vista das perspectivas de investimentos, 20% dos industriais pretendem investir em um período de 12 a 18 meses e 41% daqui a 18 meses ou mais. Do grupo que já tem um plano de investimento, 48% das empresas levarão mais de um ano para investir, e 40% daqueles que consideram a adoção muito importante ou importante devem investir na rede privativa em um prazo de mais de 18 meses. 

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