"Não tem sentido não ter grau de investimento", diz Fernando Haddad
Ministro comemora elevação da nota de crédito do país pela Fitch e ressalta apoio do Congresso Nacional

Guto Abranches
"Num país do tamanho do Brasil, não tem sentido não ter grau de investimento". Com esta frase, em entrevista coletiva, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, resumiu o sentimento do governo brasileiro em relação à imagem do país no cenário econômico global. Na opinião de Haddad, a elevação da nota de crédito do país pela agência de classificação de risco Fitch, na manhã desta 4ª feira (26.jul), posiciona o país em um plano mais à altura de sua importância global.
"Nós temos um potencial de recursos naturais, humanos, reservas cambiais, tecnologia, parque industrial, não tem cabimento este país viver o que viveu nos últimos 10 anos. Eu fico muito feliz de, em 6 meses de trabalho, ter conseguido sinalizar para o mundo que o Brasil é o país das oportunidades, de geração de bem-estar, emprego e renda, geração de oportunidades" - Fernando Haddad, ministro da Fazenda
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A Fitch é a primeira das três agências de risco a efetivamente mudar pra melhor a nota do crédito brasileiro. A Standard & Poor's sinalizou uma melhora, redefinindo a "perspectiva da nota" - em outras palavras, disse que está reexaminando o cenário para Brasil -; a Moody's já há dois anos mantém o país em classificação equivalente à agora dada pela Fitch.
Até o grau de investimento
O ministro apontou as condições que propiciaram a alteração na nota do país. A responsabilidade fiscal, que caminha no Congresso, e o andamento da Reforma Tributária, entre as principais medidas. "Tenho certeza que o senador Eduardo Braga vai se dedicar exclusivamente à tarefa de lapidar o texto e aprová-lo no Senado. É a principal reforma em curso, mas não é a única. Vamos mandar junto com orçamento federal um conjunto de medidas que venha garantir o equilíbrio orçamentário de 2024. São medidas saneadoras que recuperam a base fiscal do estado perdida ao longo dos últimos 10 anos. É uma recuperação da base fiscal do estado fundamental para que os resultados continuem acontecendo", disse o ministro.
Um passo após o outro
Haddad deixou claro que ainda há muito o que realizar com vistas ao crescimento econômico e à recuperação da imagem do Brasil lá fora. E apontou o caminho do entendimento entre os poderes.
"Ano que vem também é chave para não só atingir as metas previstas, mas para regulamentar o que foi aprovado neste ano, um conjunto de leis complementares que serão feitas em parceria com estado e municípios e que vai dar contorno final do novo sisterima tributáo. Então, tem muito trabalho pela frente. Quero dizer que estou muito confiante. E reputo esses resultados à harmonia entre os poderes da republica. Sempre salientei e considerava que a nossa chamada crise economica que o Brasil vive é um desdobramento de natureza política. Se nós acertarmos o passo na política, no dialogo e na construção, vamos superar essa situação e voltar a crescer com sustentabilidade social, ambiental e fiscal" - Fernando Haddad
A manifestação do ministro foi seguida por postagem do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, em sua conta no Twitter.
A decisão da agência de classificação de risco Fitch de elevar a nota de crédito do Brasil para "BB" é uma importante conquista para a economia do país.
? Arthur Lira (@ArthurLira_) July 26, 2023
A nova avalição da agência se deve à política econômica do governo, que tem recebido todo o apoio institucional da Câmara [+]
[+] dos Deputados.
? Arthur Lira (@ArthurLira_) July 26, 2023
No primeiro semestre aprovamos a reforma tributária, o Carf e o arcabouço fiscal. A Câmara não falta à sua responsabilidade com o Brasil e apoia todas as medidas do interesse do país.
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