Clima instável faz investimento em seguro residencial crescer 28%
Crescimento nos últimos quatro anos decorre de eventos climáticos extremos. Região Sul lidera cobertura
Luciane Kohlmann
As mudanças climáticas em curso em todo o mundo e que afetam duramente o Brasil, de dimensões continentais, fez com que o investimento em seguro residencial crescesse 25% nos últimos quatro anos. É o que diz a Federação Nacional de Seguros Gerais, representante do setor.
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Um exemplo da adesão ao investimento vem do Sul: a família da empresária Eliza Mayer viveu um drama há quase 20 anos após a casa da família pegar fogo durante um temporal, destruindo o imóvel. Por ano, Eliza paga R$ 900 de seguro total pensando na segurança do patrimônio, sobretudo após a tragédia.
A situação da empresária reflete a preocupação de milhões de brasileiros que investem na proteção do lar: em 2017, 13,6% investiam. O número foi para 17% em quatro anos, representando quase 13 milhões de imóveis com seguro.
O Sul tem a maior cobertura, com 29,7%, seguido do Sudeste (22,3%), Centro-Oeste (12,9%), Nordeste (7%) e Norte (4,6%). No Rio Grande do Sul, a cada dez domicílios, quatro possuem a cobertura de proteção.
Isso se explica pelos eventos climáticos extremos no estado: vendavais e ciclones cada vez mais frequentes fazem com que as pessoas percebam os riscos. Em Sananduva, no norte gaúcho, uma tempestade de granizo devastou a cidade, em 2021. Uma das casas teve o telhado totalmente destruído. A residência tinha seguro, que cobriu as despesas de quase R$ 12 mil.