Bolsa brasileira inicia semana em queda, à espera do pacote fiscal
Mercado nacional operou sem referência de Wall Street, devido a feriado nos Estados Unidos
O primeiro pregão da semana não pareceu levar otimismo aos investidores do mercado nacional. Muito ao contrário. De olho no envio do projeto de regra fiscal ao Congresso, o Ibovespa desta 2ª feira (17.abr) marcou queda de 0,25%, sem impulso para reverter a queda ao longo do dia. Outro indicador do dia mais fraco foi o volume negociado, R$ 19 bilhões. A marca do dia bateu em 106.015 pontos.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
A bolsa brasileira operou ainda sem a referência do mercado dos Estados Unidos. Por lá, o feriado do Dia do Veterano deixou as bolsas de portas cerradas. No cenário nacional as atenções permanecem voltadas para o envio do projeto de arcabouço fiscal ao Congresso, previsto para esta 3ª feira (18.abr). Olhos e ouvidos atentos, igualmente, para a expressão usada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao se referir ao processo para fazer tramitar o pacote fiscal no parlamento: a remessa poderia inclusive "ficar para depois", disse o ministro. A possibilidade ainda de as regras de responsabilidade fiscal receberem mudanças de última hora não está descartada - mas não parece afetar o humor dos investidores de forma determinante.
Houve ainda quem enxergasse no pouco movimento do dia e, principalmente, no índice do fechamento, algum nível de realização de lucros depois das altas recentes. No mês, a bolsa de São Paulo acumula alta superior a 4%. A prévia do PIB de janeiro, via IBC-BR, veio abaixo do esperado, em queda de 0,04% quando a média das apostas jogava pela estabilidade do indicador.
No relatório Focus, do Banco Central (BC), destaques para ligeira alta da previsão do IPCA para este ano, que passou de 5,98% para 6,01%, e para a redução nas estimativas da taxa Selic. Depois de oito semanas cravados nos 12,75% ao ano, os juros de referência tiveram seu prognóstico para o ano suavemente reduzido para 12,50% a.a.
No mercado de moedas, o dólar voltou a subir mas ainda está abaixo do patamar de R$ 5,00: alta de 0,45% cotado para venda a R$ 4,937.
Leia também