Papéis das Americanas disparam após trégua com credores
Na bolsa, as ações da varejista subiram 16,50%; acordo é por suspensão temporária das disputas judiciais
Ao longo de toda esta quarta-feira (12.abr) os papéis das Americanas tiveram alta expressiva na bolsa de São Paulo: nada menos do que 16,50% (AMER3). O salto no valor das ações decorre principalmente de um acordo fechado entre a empresa e parte de seus credores, em torno de uma suspensão temporária das disputas judiciais por 30 dias. Textualmente, o comunicado divulgado após o fechamento do mercado na terça-feira (11.abr), fala em entendimento "de forma a permitir que as partes envolvidas foquem seus esforços na negociação de um Plano de Recuperação Judicial que seja aceitável para a maior parte dos credores da Companhia e que viabilize o futuro operacional da Americanas." (Confira nota completa abaixo).
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No comunicado oficial, não são citados nominalmente os credores com os quais a Americanas S.A. definiu a suspensão das disputas. No mercado financeiro, circulam informações que listam os bancos Bradesco, Itaú e Santander entre as instituições que teriam concordado com o entendimento. As dívidas do grupo são de cerca de R$ 43 bilhões, e os acionistas de referência da companhia, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, concordaram em aportar 12 bilhões de reais na empresa. A Americanas S.A. encontra-se em processo de Recuperação Judicial.
Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o acordo foi firmado entre as partes e o processo de recuperação judicial do Grupo Americanas prossegue em tramitação, normalmente.
O Itaú Unibanco confirmou que as ações judiciais estão suspensas. O Bradesco não irá comentar. Veja abaixo respostas ao questionamento feito pelo SBT News junto ao TJRJ e aos credores.
* NOTA TJRJ
Trata-se de acordo firmado entre as partes. O processamento de recuperação judicial do Grupo Americanas prossegue em tramitação, normalmente.
* NOTA ITAÚ
Confirmamos a informações de que as ações judiciais do Itaú Unibanco estão suspensas.
* NOTA BRADESCO
O Bradesco não vai comentar.
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