Chefe do Federal Reserve fala em juros mais altos e bolsas despencam
No Senado, Jérome Powell sinalizou que inflação permanece elevada; mercado de trabalho também no radar
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Foi Jèrome Powell falar e Wall Street despencar. Ao discursar no Senado americano nesta 3ª feira (07.mar), o presidente do Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve - Fed) deixou no horizonte - próximo - a possibilidade de altas mais acentuadas das taxas de juros pelo Comitê de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) nas próximas reuniões. Ou ainda a permanência dos níveis altos dos juros por mais tempo. Foi o suficiente para o mercado financeiro vir abaixo.
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De acordo com o chefe do Fed, há "dois ou três dados" sobre a economia americana que terão de ser considerados antes da próxima reunião do Fomc, nos dias 21 e 22 de março. Ele não deixou claro quais seriam estes pontos exatamente, mas é muito provável que o mercado de trabalho (payroll) que sai na 6ª feira (10.mar) e a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) referente a fevereiro, que sai na próxima semana, devem figurar entre eles. Nas decisões recentes, a diretoria do colegiado manteve-se atenta aos níveis de empregabilidade e, por consequência, ao poder de consumo dos norte-americanos, fatores pontenciais de elevação do custo de vida.
No fechamento
Ao final dos pregões os principais índices acionários marcaram quedas expressivas. Confira.
- Dow Jones: = 1,71%
- Nasdaq: = 1,24%
-S&P%500: = 1,53%
"Até mesmo como uma prévia do payroll de sexta-feira ele deixou uma idéia de que podem partir daquele 0,25 pontos percentuais previstos para uma alta de 0,50 pp, ou até estender mais ainda o período de aumento de juros nos Estados Unidos. Pode ser ainda estender o tempo pra começar a ter uma redução em juros no mercado americano", aponta Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora.
Nesta 4ª feira (8.mar) Powell fala na Câmara de Deputados e os analistas preveem que, já que o discurso deve ser mantido, deve haver novas oscilações nas bolsas. No Brasil, o Ibovespa não passou imune à influência de Wall Street: Ibovespa = 0,45% aos 105.505 pontos. O dólar oscilou positivamente para R$ 5,20 com flutuação de + 0,48%.
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