"Bolsa de Valores das Favelas" busca sócios; veja como investir
O índice já paga dividendos acima dos rendimentos da poupança
Simone Queiroz
Procuram-se investidores para negócios nas comunidades e com resultados promissores. A "Bolsa de Valores das Favelas" já paga dividendos acima dos rendimentos da poupança e ajuda empreendedores de áreas carentes a abrir ou expandir os negócios.
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Moradora de Paraisópolis, uma das maiores favelas do país, Alexandra compra produtos pelo comércio eletrônico. Ela recebe através de uma empresa que recebe apoio e que leva na porta de casa. Já o carlos lucrou ao apostar que essa operação daria certo.
É que ele investiu em ações da Favela Brasil Express, que faz a ponte entre os consumidores e as lojas que vendem pela internet, mas não entregam nas comunidades./ tornou-se a primeira empresa a operar na bolsa de valores.
A primeira, e por enquanto, a única a ter papéis negociados na bolsa de valores das favelas. O negócio tem dado tão certo que eles acabaram de fazer a segunda distribuição de lucros, e todo mundo saiu ganhando.
A operação em uma plataforma online. O Carlos, dono de uma empresa de reformas em favelas, aplicou, em setembro passado, R$5000 em ações, cada uma a R$10. O retorno? recebeu R$300 em dividendos. Foi a parte que coube a ele na divisão dos lucros.
As ações já quadruplicaram de valor. O índice é um braço do G10, grupo que reúne iniciativas de negócios em comunidades do país. Quem investiu nela ganhou mais dinheiro do que quem investiu na poupança, no IPCA e outros investimentos. Isso só aconteceu porque a Favela Express, ao abrir o capital na bolsa, conseguiu R$900 mil dos investidores.
Cerca de 402 empresas, que atuam nas comunidades, se inscreveram para operar nela, e precisam fornecer todas as informações exigidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que também fiscaliza a B3, a bolsa brasileira.
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