Governo Central fecha novembro com déficit primário de R$ 14,7 bilhões
Resultado une Previdência, Tesouro Nacional e Banco Central; ao final do ano, superávit pode atingir R$ 50 bi

Guto Abranches
O Governo Central -- que agrupa contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central -- registrou déficit de R$ 14,7 bilhões no mês de novembro, pior do que o mercado financeiro estimava. O mês de outubro tinha marcado resultado positivo de R$ 30,8 bilhões. Em novembro do ano passado, o superávit havia sido de R$ 4,2 bilhões.
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As receitas em novembro caíram 9,4% (R$ 13 bilhões) em relação ao mesmo mês de 2021, já descontada a inflação. Ao longo do ano, crescem 9,4%. As despesas aumentaram em 4,6% reais (R$ 6,1 bilhões) e acumulam alta de 2,5% desde o início do ano.
A redução de 35% nas alíquotas do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) é uma das causas da quedas nas receitas. Já o Auxílio Brasil e o aumento do número de beneficiários da Previdência puxaram pra cima o cálculo das despesas.
No acumulado de 2022, o superávit atinge R$ 49,2 bilhões. Número que levou o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, a admitir a possibilidade de um fechamento de 2022 com superávit acima de R$ 50 bilhões. No período interanual -- até novembro --, o Governo Central tem superávit de R$ 66,5 bilhões (0,77% do PIB).
Componentes
No mês passado, os resultados parciais por área que tiveram como resultado conjunto o déficit de R$ 14,7 bi foram: Tesouro Nacional + R$ 4.693,8 bilhões; Banco Central = R$ 131,5 milhões e Previdência Social = R$ 19.249,3 bilhões.
As contas do Tesouro no acumulado do ano chegam a R$ 317.685,4 bilhões. O Banco Central tem desempenho negativo desde janeiro de R$ 473,4 milhões. E a Previdência Social acumula déficit de R$ 267.915,5 bilhões.
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