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Economia

Supermercados esperam vendas maiores para as festas de fim de ano

Pesquisa da Abras aponta alta de 11,2% no consumo de carnes e de 12,5% nas bebidas; auxílios sociais estimulam as compras

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Vendas de Natal
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A dona de casa Regina Pinheiro anda às voltas com os preços dos produtos para a Ceia de Natal. Pesquisa sem parar, porque tem limite no orçamento pra gastar. Haja sola de sapato e criatividade. " Vou gastar uns cento e cinquenta por aí mais ou menos. A gente sabe que tá tudo caro né", confessa ela. 

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O que a dona Regina percebe na prática, de olho nas prateleiras dos supermercados, as empresas do setor foram conferir. De acordo com levantamento da Associação Brasileira dos Supermercados (ABRAS), a cesta para as festas está mais cara. A média de preço no país é de R$ 294,75, o que representa uma alta de quase dez por cento (9,8%) em relação ao que custava no final de 2021: em média, a cesta saía por R$ 268,45 há um ano. Isso em média, porque dependendo de cada região do país, um determinado tipo de produto sai bem acima do preço de outra localidade. 

Comprar aves, azeite, espumante e panetone, por exemplo, ficou 17% mais caro no sudeste. A menor variação sobre estes itens foi na região norte, 3% de alta.

Boas vendas

De qualquer forma, a pesquisa dos supermercadistas aponta otimismo. As vendas devem aumentar em todo o país. E os especialistas detectaram alguns fatores que estão ajudando a impulsionar as vendas. Entre eles um valor maior dos benefícios sociais concedidos pelo governo. Tanto que o índice Abras, que mede o consumo dos brasileiros, registrou alta de 3,2% até outubro e deve fechar o ano nesse nívels. E claro que, nesta época, entram ainda as parcelas do décimo-terceiro e alguns lotes residuais da devolução do Imposto de Renda. Motivos de sobra pra levar os supermercados a apostarem no aumento do consumo de carnes como peru, bacalhau e lombo, que devem ter alta de 11,2% em relação ao ano passado. Para as bebidas, a previsão de aumento do consumo é ainda maior: 12,5%. Razões que elevam a aposta otimista dos executivos do segmento de varejo. 

" A gente teve o dia do supermercado, a Black Friday, a Copa do Mundo também e ela vai até o dia dezoito de dezembro. É muito positivo porque você termina o ano bom e é uma sinalização de um patamar maior pra iniciar o próximo ano " - Márcio Milan, vice-presidente da Abras

No fim das contas, quem paga pra ver -- e pra comer -- é o consumidor. Dona Selma é Natalina, no sobrenome e no gosto pela mesa farta para a festa. E ainda por cima é contadora. Quer dizer, tudo na ponta do lápis. Não que não seja favorável a um "jeitinho típico" na hora de garantir o Natal da família. " Se não der pra fazer o bacalhau, compra o peru, faz o peruzinho, faz a mesa só com frutas também, oh oh oh...", se diverte ela.  

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