Maior apoiador de Bolsonaro, agronegócio quer se reaproximar de Lula
Entidades pedem atenção a temas importantes ao setor, como segurança, logística e proteção à produção
A reeleição de Jair Bolsonaro foi amplamente apoiada pelo agronegócio. Mas, agora, não há outro jeito, se não buscar apoio de Luiz Inácio Lula da Silva. As principais entidades representativas estão organizando cartas e solicitando reuniões com o novo líder nacional.
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Em resumo, pedem segurança jurídica no campo, não tolerância às invasões de terra, melhorias na infraestrutura logística, proteção da produção nacional e incentivo às exportações.
Sobre esse último tópico, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lançou nota pedindo atenção a possíveis barreiras internacionais de comércio "disfarçadas de preocupações com a saúde e o meio ambiente". O presidente da CNA, João Martins de Silva Junior, disse que espera de Lula "uma gestão fiscal equilibrada para que a economia possa crescer com estabilidade" e fez menção à polaridade que surgiu nos últimos quatro anos: "Na busca do crescimento da economia e da justiça social, somos um só povo, e a política não pode nos separar".
A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) solicitou que o novo governo, enfim, faça as reformas administrativa e tributária, que podem reduzir o Custo Brasil. Nesse sentido, também pede aumento significativo dos recursos a serem empregados na infraestrutura de transporte da safra e na armazenagem de estoques reguladores. "Fundamental também será a manutenção de uma política de recursos para continuidade do desenvolvimento tecnológico para o setor, apoio a mecanismos de financiamentos para custeio e investimento destinados ao produtor rural", diz um comunicado.
Há também preocupação sobre a segurança jurídica no campo, além do combate à criminalidade na zona rural. A Abag sugere ainda que o governo trabalhe o marketing rural brasileiro, com campanhas de combate às críticas interna e externa.
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