China cresce 3,9% na comparação anual do terceiro trimestre
Apesar de maior que as projeções, país não deve alcançar a meta de 5,5% no ano
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A China registrou crescimento de 3,9% na comparação entre o terceiro trimestre deste ano e o de 2021. O índice foi maior que o esperado por analistas do país e do mundo, já que os chineses ainda convivem com restrições sociais devido à pandemia de Covid-19. Além disso, há uma forte crise no setor imobiliário.
A evolução surpreendeu, principalmente, porque na comparação anual do trimestre anterior o crescimento foi de 0,4%, o pior resultado desde 2020.
Covid zero
Mesmo com o risco da economia desacelerar novamente se as restrições sociais continuarem, o presidente chinês Xi Jinping descarta voltar à vida normal. Ao menos citou a política "covid zero" quando falou no congresso do Partido Comunista na semana passada. No evento, ele foi reeleito presidente da sigla.
Enquanto isso, Mu Hong, diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC), não demonstrou preocupação e garantiu que o "crescimento será de qualidade" graças aos novos investimentos em inovação.
Ainda assim, economistas dos mais respeitados, como os que fazem parte do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, não acreditam que a China alcançará a meta de crescimento para esse ano, de 5,5%. Segundo o FMI, deve ficar em torno de 3,2%. Para Banco Mundial, menos ainda, de 2,8%.
Exportação
Outro sinal de desaceleração é a diminuição das exportações. A comparação anual de setembro mostra alta de 5,7%. Em agosto foi de 7,1%.
Desemprego
Tem ainda o desemprego. Índice de 5,5% em setembro, contra 5,3% em agosto. Mas, conforme analistas, pode ser pior. O resultado surge a partir de uma visão incompleta da conjuntura. É calculado apenas nas áreas urbanas. Sendo que as zonas rurais têm milhões de trabalhadores migrantes perdendo o trabalho desde o início da pandemia, em 2020.