Que tal um 'delicioso' prato de comida à base de fungos e bactérias?
Você ainda vai ouvir falar do micélio; por enquanto, é apenas aposta de uma startup chinesa
Pablo Valler
Fungos ou bactérias em colônia podem gerar uma parte vegetativa chamada micélio, que é um emaranhado de filamentos quase impossíveis de ver a olho nu. A não ser quando se unem. O que não é difícil. Há suspeitas de que, aliás, formam o maior ser vivo da Terra, como uma grande teia a poucos centímetros do solo.
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Esse vegetal, em estudo por diversas especialidades da ciência, produzido em grande escala industrial, pode ser uma alternativa de material para formar paredes de um edifício ou para embalagens biodegradáveis, ainda pode servir como antibiótico para combater um vírus, como da varíola, ou ser servido como alimento.
É protéico. Tanto que, na China, uma startup chamada 70/30 Food Tech anunciou o lançamento de refeições prontas com biomassa fermentada de micélio.
"Ficou claro para nós que precisávamos de um substituto para a carne que fosse texturizado como carne, mas também tão natural e integral quanto os outros componentes de nossa refeição", anunciou o líder de estratégia de inovação da startup, Eve Samyuktha.
A 70/30 já investiu em outras alternativas de proteínas desde o ano passado. Nesse pouco tempo, vendeu mais de 25 mil refeições funcionais à base de plantas. Agora, com a novidade que está chamando atenção, vai buscar mais investimentos para aumentar as equipes de pesquisa e produção, além de desenvolver produtos.
A startup faz parte da Dao Foods, um grupo empresarial de capital de risco que investe em fábricas de proteínas alternativas para o mercado asiático. Por lá, esse setor atraiu US$ 435 milhões somente em 2020 com proteínas à base plantas e com a cultura de células. A fermentação de micélio já é considerado um terceiro pilar da inovadora indústria.
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