Open Finance: cresce 18% o número de brasileiros que aderiram ao serviço
Segundo Banco Centro, 5 milhões de pessoas já autorizaram compartilhamento de dados entre bancos

Simone Queiroz
Cerca de 5 milhões de brasileiros já aderiram ao chamado "Open Finance" (em tradução livre, Sistema Financeiro Aberto) desde o início do serviço do país, segundo dados do Banco Central. Nos últimos 4 meses, o número de adesões de pessoas físicas cresceu 18%. Mas, apesar da alta, economistas afirmam que o serviço só não se tornou mais popular no Brasil porque a maioria das pessoas ainda não conhece suas vantagens.
Na prática, o nome difícil nada mais é do que um serviço de compartilhamento de dados dos clientes entre bancos. A ideia é que, ao precisar de um financiamento para um imóvel, por exemplo, o cliente consiga obter as melhores taxas para operação. Ao disponibilizar essas informações para as instituições onde já possui conta, o solicitante pode então escolher aquela que lhe oferece as melhores condições.
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Esse compartilhamento de dados, desde que com a devida autorização do cliente, já está disponível há cerca de um ano, mas poucos correntistas aderiram. O serviço não é obrigatório, mas essa possibilidade incentiva a concorrência entre os bancos que, no final das contas, disputam pelos clientes.
O consultor financeiro Bruno Diniz explica as vantagens do Open Finance. "A maior vantagem é você ter condições melhores em termos de produtos, soluções financeiras, porque assim a instituição consegue te enxergar de forma mais ampla, e em cima disso, consegue saber se você é elegível para mais produtos. E no seu lado, você recebe ali condições mais atrativas do que você teria anteriormente", diz o especialista em inovação no mercado financeiro.
O consentimento pode ser feito pelo celular, no aplicativo do banco onde o cliente quer concentrar os dados das demais instituições em que tem contas. "O compartilhamento é de uma forma segura, é algo chancelado pelo Banco Central, e é feito com altos padrões técnicos de segurança", acrescenta Diniz.
Há quatro meses, o engenheiro Eliseu Mardegan Júnior, precisou de um empréstimo, e partiu para o Open Finance. "Foi impressionante, porque a instituição que busquei o empréstimo, recebendo os dados do outro banco, pôde me dar uma oferta muito melhor, eu diria a metade da taxa de juros e o dobro do valor", relata o engenheiro.
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