Produtos típicos da Festa Junina ficaram cerca de 30% mais caros
Fatores como mudanças climáticas, alta dos combustíveis e a guerra na Ucrânia influenciam no aumento dos preços
Lívia Raick
Pipoca, pamonha, caldo verde, curau... quando o assunto é Festa Junina, é quase impossível não pensar em todas as delícias típicas dessa época do ano. O problema é que, em 2022, a mesa de quitutes juninos está tão salgada que tem muito arraiá sendo adiado.
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Nos últimos 12 meses, a maioria dos produtos típicos da festa subiram mais de que a inflação de 11,73%. Em alguns casos, o reajuste chega a quase 30%, segundo estudo realizado pela Associação Paulista de Supermercados. É o caso da maçã (30%), do milho (25,6%) e do fubá (25%).
Um desafio que a Arlete não conseguiu segurar sozinha. "Teve que ter um reajuste, no produto do milho. O milho aumentou muito", desabafa a comerciante Arlete Santos da Silva.
Entre os fatores que levaram para o aumento dos preços está a valorização na cotação dos principais produtos agrícolas, que tem sido impulsionada também por fatores externos. É o que explica o professor de economia da Fundação Getúlio Vargas, Fabio Gallo. "Esses itens eles têm explicações próprias. Por exemplo, o milho que é um item básico, nesse momento, ele cresceu muito o preço principalmente por conta do conflito na Ucrânia, A safra local não dá conta. As frutas de maneira geral cresceram muito acima da inflação média, do IPCA. Isso tem base por questões naturais. Choveu mais onde não choveu, teve seca onde não costuma ter, resultando o preço das frutas disparou", afirma o especialista.
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