Banco central dos EUA vai contar com 1ª mulher negra
Lisa Cook é economista especializada em desenvolvimento internacional. Trabalhou na recuperação de Ruanda pós-genocídio. Fala 5 idiomas
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Mais de 100 anos de história e o Federal Reserve (FED) - banco central dos Estados Unidos - vai contar com a primeira mulher negra em sua alta cúpula.
A escolha ocorreu nesta 3ª feira (10.maio). Mas, foi uma decisão com disputa acirrada. É o Senado que escolhe os membros. Todos os republicanos votaram contra. Já os democrartas apoiaram. O desempate foi dado pela vice-presidente do país, Kamala Harris.
"A vice-presidente vota afirmativamente e a nomeação se confirma", concluiu a vice-presidente no Senado.
Quem é ela?
Lisa Cook é filha de um capelão da Igreja Batista. Ainda na infância, sofreu racismo em escolas segregadas, de onde trouxe cicatrizes físicas. Em 1988, formou-se em economia e depois se especializou em desenvolvimento internacional. É professora e pesquisadora. Concentrou seus trabalhos em como a discriminação afeta os negócios norte-americanos e como as recessões causam mais danos aos pobres. Trabalhou na recuperação de Ruanda após o genocídio de 1994. Fala cinco idiomas, incluindo o russo.
Qual diferença pode fazer?
Críticos dizem que Lisa Cook pode politizar ainda mais a administração do FED, que já está em um momento crítico com discordâncias sobre como lidar com a alta inflação.
Analistas focados no banco central não se preocupam com as questões raciais. O presidente da República, Joe Biden, que indicou a economista, destacou a qualificação profissional.
* Com informações da France Presse