Aumento no preço do gás de cozinha altera rotina das famílias
Para economizar, alguns consumidores têm desistido de cozinhar e optado por comprar comida pronta
SBT Brasil
Hora do almoço...mas, o fogão está vazio, sem panelas. Isso porque a refeição da fotógrafa Gildecy está na marmita que ela compra todos os dias. Pode parecer uma questão de praticidade, ou até mesmo de preguiça de cozinhar, na verdade, é só economia.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Ao encomendar a refeição pronta, a fotógrafa elimina o gasto com um dos maiores violões do orçamento das famílias brasileiros nos últimos meses: o gás de cozinha. Para chegar a essa decisão, Gildecy fez o seguinte cálculo: cada marmita custa R$ 14; são seis por semana, o que dá R$ 336 em um mês. No final das contas, considerando todos os gastos com os alimentos e o botijão de gás, o valor final acaba compensando mais para ela.
"Eu botei na ponta do lápis. Primeiramente, o gás, que é caríssimo. O trabalho de você ir atrás da comida, de você ir no mercado, ter que comprar mistura...", explica Gildecy Dias Rogers.
Um aplicativo, que indica a revenda mais próxima de cada residência, com o botijão mais barato, registrou um aumento de 159% no número de usuários desde a semana passada, quando o gás de cozinha foi reajustado em 16%. Em um dos pontos de venda consultados, a média chegava a R$ 125.
Para os consumidores que escolherem por cozinhar suas próprias refeições, a saída tem sido tirar do cardápio os pratos que têm um cozimento mais logo. "alguma carne, algum prato especial, que vai ao forno... a gente evita", conta o técnico em automação industrial, Evilasio de Oliveira Borges, que adquiriu um botijão por R$ 130, em uma revendedora que permite o parcelamento da compra.
O dono do estabelecimento, que também é presidente do Sindicato das Empresas Representantes de GLP (gás liquefeito de petróleo), Robson Carneiro dos Santos., afirma que uma das saídas para consumidores e revendedores é facilitar as compras. "Essa prática a gente já obtém desde o ano passado, mas era muito pouco. Hoje, aumentou em mais de 50% da nossa venda em cartões de crédito, em três vezes parcelado. Tem gente que pede até seis vezes", diz o representante do Sergás.
Leia também:
+ Governo de SP anuncia 4ª dose da vacina contra covid para idosos